A reunião do SISMMAC com a Secretaria Municipal de Recursos Humanos também teve espaço para cobrar o pagamento da reposição dos dias parados da greve de 2012. Os diretores do SISMMAC cobraram uma ação da administração quanto à reposição feita pelos profissionais do magistério no final de 2012, que ainda não foi paga. As professoras e professores também exigem a retirada das faltas referentes às paralisações de 2009 e 2012 da ficha funcional.
Mais uma vez, a Prefeitura coloca na conta da administração anterior para justificar o porquê do pagamento dos dias parados ainda não ter sido efetuado. A secretária de RH, Meroujy Cavet, afirmou que a demora se dá porque não existe sistematizado quem realizou a reposição. Segundo ela, a Secretaria está fazendo um trabalho manual para tabelar esses dados e, em breve, será efetivado o pagamento, incluindo os descontos referentes ao DSR e as gratificações da Educação Especial e difícil provimento.
A direção do SISMMAC cobrou que a administração efetue o pagamento para os professores que participaram da greve mas que, durante os dias da reposição, estavam usufruindo de outro direito, licença prêmio, maternidade, LTS e as demais garantidas por lei e concedidas pela própria Prefeitura. A SMRH se mostrou contrária ao pagamento da reposição para esses profissionais.
Essa atitude da atual administração já nos mostra um tanto de seu posicionamento contraditório sobre a questão: respeitam o direito de greve, mas se tiverem uma brecha tentarão dividir a categoria.
No entendimento do SISMMAC, esses profissionais têm direito a receber o valor dos dias repostos e também a retirada da falta da ficha funcional, já que os seus alunos tiveram as aulas repostas, sem perdas. Essas professoras e professores não se negaram a repor, mas foram impedidos de efetuarem essa reposição pela própria administração que limitou o período da mesma para os últimos 45 dias letivos do ano passado.
A Prefeitura também não exerceu a prerrogativa de convocar esses profissionais. Sem essa convocação, que somente a própria administração poderia ter feito, esses profissionais estavam impedidos por lei de comparecerem aos locais de trabalho e efetuarem a reposição.
Não nos esquecemos de nossa decisão da assembleia de 8 de março onde mais de mil professores se fizerem ativamente presentes e decidiram por unanimidade: ou a reposição era para todos ou ninguém iria repor. E claro que isso vale para o ressarcimento das perdas que tivemos.
Por isso, o magistério terá que se unir novamente para que esses profissionais não fiquem de fora dessa conquista. Essa luta seguirá politicamente durante a Campanha de Lutas 2013 e juridicamente na ação que corre desde o ano passado na justiça.