O magistério municipal participou no Dia do Trabalhador do ato em solidariedade e em repúdio ao massacre que os servidores estaduais sofreram do governo do estado e seu braço armado, a polícia, no dia 29 de abril.
A mobilização aconteceu no dia 1° de maio, data para relembrar a luta das trabalhadoras e trabalhadores pela redução da jornada e por melhores condições de trabalho e também reafirmar as diversas lutas que ainda temos que travar diariamente. Nesse ano, por conta da greve dos trabalhadores estaduais e ao campo de batalha que a Polícia Militar e o governador Beto Richa montaram no Centro Cívico, o ato teve como objetivo se solidarizar e se colocar lado a lado na prática às categorias em luta.
A passeata contou com cerca de 10 mil pessoas, dentre elas trabalhadores de diversas categorias, estudantes e crianças, e seguiu até a frente do Palácio Iguaçu, sede do governo estadual.
Massacre do dia 29 de abril
Na última quarta-feira, enquanto os deputados aprovavam em última instância o projeto de lei 252/2015, que muda a previdência dos servidores estaduais, a Polícia Militar, a mando do governo do estado, deixou mais de 200 trabalhadores feridos num verdadeiro massacre ao lado de fora da Alep. Bombas de efeito moral, gás lacrimogênio, spray de pimenta e balas de borracha foram atiradas incessantemente contra os servidores na luta por mais de duas horas.
Para garantir que a mudança na previdência dos servidores estaduais fosse aprovada a qualquer custo, o governador Beto Richa armou um cenário de guerra no Centro Cívico na última semana. Centenas de policiais foram deslocados, de todas as regiões, para a capital desde a última segunda-feira para cercar a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep)e impedir que os trabalhadores protestassem contra um projeto que coloca em risco suas aposentadorias. Antes do dia 29 de abril, a Polícia já tinha reprimido os trabalhadores quando tentavam deixar o carro de som do sindicato dos professores estaduais em frente à Assembleia Legislativa.
Esse massacre não será esquecido pelos trabalhadores do Paraná. Um dia após essa forte repressão acontecer, mais de 3 mil pessoas foram às ruas de Curitiba protestar. Em diversas outras cidades pelo Brasil houveram trabalhadores mostrando sua solidariedade aos professores e servidores estaduais Paraná.
Com esse projeto, Richa tenta transferir para os trabalhadores a dívida pública gerada por anos de volumosos incentivos e isenções fiscais aos empresários. Nos últimos quatro anos, o governo do Paraná permitiu que grandes empresas adiassem o prazo de pagamento do ICMS por um período de dois a oito anos. Estas e outras medidas de caráter privatizante levaram as contas do Estado do Paraná a bancarrota. Essa crise serviu de pretexto para justificar o aumento generalizado de impostos no início do ano e o ataque a direitos dos trabalhadores do serviço público estadual.
A aprovação desse projeto de lei, que já foi sancionado pelo governador em tempo recorde, permite que o governo coloque a mão em R$8 bilhões da previdência dos servidores para recuperar o “poder de investimento” do estado. Na prática, isso significa mais recursos para investir em projetos que beneficiam empreiteiras e grandes empresários.
O magistério de Curitiba reafirma seu apoio aos servidores em luta e manifesta seu repúdio ao massacre da polícia e do governador Beto Richa aos trabalhadores. Também reforçamos a necessidade de continuar lutando contra os ataques que os patrões e governos impõe todos os dias à nossa classe.
O magistério municipal participou no Dia do Trabalhador do ato em solidariedade e em repúdio ao massacre que os…
Posted by Sismmac Sindicato on Segunda, 4 de maio de 2015