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Magistério define novo indicativo de greve para o dia 14 de março

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Na assembleia do dia 23, decidimos que se a Prefeitura não negociar melhorias para as reivindicações apresentadas, iremos paralisar nossas atividades a partir do dia 14 de março  –  nova data definida para o nosso indicativo de greve.

O adiamento do indicativo – anteriormente proposto para o dia 29 de fevereiro – nos dá mais tempo para construir o movimento e intensificar nossa mobilização. Agora é o momento de trazer mais professores para a luta: converse com seus colegas de trabalho, esclareça as dúvidas e mostre a importância de que cada professor e professora estejam mobilizados.

Se sozinhos temos pouca força, unidos conseguimos pressionar a Prefeitura para que negocie conosco e parem de nos tratar com descaso. Devemos mostrar que estamos mobilizados e que não iremos desistir de lutar pelos nossos direitos: queremos a garantia da nossa saúde e de nossos filhos, melhores condições de trabalho, aumento salarial e melhoria da nossa carreira!

Queremos negociação!

Com o novo indicativo para o dia 14 de março, damos também uma última chance para que a Prefeitura reveja sua posição intransigente e proponha avanços em relação as nossas reivindicações prioritárias. Desta maneira, a greve não será necessária. Mas se a Prefeitura continuar nos desrespeitando, não teremos outra saída a não ser a paralisação.

O discurso da administração é de que estão tentando antecipar as negociações e manter o canal de diálogo, mas que não conseguem atender o ritmo proposto pelo magistério. 

Nós sabemos que falta de tempo não é o problema. Vários itens da Pauta de Reivindicações Prioritárias já foram apresentados para a Prefeitura em 2011, sem que a administração apresentasse qualquer proposta de avanço. Além disso, nossa Pauta de Reivindicações foi protocolada no dia 16 de dezembro –  há mais de dois meses – justamente para que a Prefeitura tivesse tempo de analisar os itens e se reunir conosco em fevereiro. Entretanto, a administração preferiu atrasar o início da negociação em quase um mês.

Greve nacional da educação nos dias 14, 15 e 16 de março

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) está convocando os professores de todo o país a se mobilizarem nos dias 14, 15 e 16 de março. A ideia é fazer uma grande paralisação nacional nesses dias para que os professores das redes municipais e estaduais de ensino consigam avançar em suas pautas de reivindicações.

As principais lutas nacionais são o aumento do investimento em educação para 10% do PIB, implementação do piso salarial em todos os estados e seu reajuste para R$1.937,26. A maioria dos estados e municípios ainda ignora a legislação em vigor desde 1ª de janeiro de 2009 e não aplica o piso salarial nacional do magistério.

Em várias cidades do país, o salário dos professores está bem longe do piso, e não dá mínimas condições para um trabalho digno. O salário médio do professor brasileiro em início de carreira é o terceiro mais baixo em um total de 38 países desenvolvidos e em desenvolvimento, de acordo com um estudo da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Em Minas Gerais, os professores do estado recebem o menor piso salarial do Brasil: R$369 por uma carga de 24 horas. Isso fez com que esses trabalhadores paralisassem seu trabalho por 112 dias no ano passado, um exemplo de garra e determinação.

Aqui em Curitiba, vamos unir a luta pelas nossas reivindicações prioritárias a esse movimento nacional que tem por objetivo pressionar os estados e municípios a cumprirem imediatamente os direitos previstos em lei.


GIRO PELA EDUCAÇÃO
Professores em luta por todo o Brasil em 2012!

No ano passado, professores das redes municipais e estaduais de ensino realizaram mais de 18 greves. O principal motivo das paralisações foi a insatisfação dos trabalhadores da educação com os baixos salários e péssimas condições de trabalho nas redes públicas. A luta pela aplicação da Lei do Piso também foi uma reivindicação comum a todos esses processos de mobilização.

Neste ano, professores de diversos estados já fizeram paralisações e se mobilizaram pelo Brasil. A maior parte dos problemas desses professores é parecida com os que enfrentamos diariamente, mesmo estando em outros estados ou municípios. A luta desses trabalhadores da educação deve nos inspirar para também nos mobilizarmos pelos nossos direitos. Confira algumas dessas mobilizações abaixo:

– Os professores estaduais de Rondônia decidiram entrar em greve geral no dia 23 de fevereiro. A categoria entendeu que a educação não pode mais esperar, e que o governo do Estado possui meios de atender às reivindicações, principalmente de reajuste salarial, aumento das gratificações, pagamento da licença prêmio e reformulação do plano de carreira. A categoria reclama que o governo vem protelando a solução dos problemas na educação, e com isso o tempo vai passando e os salários estão cada vez mais defasados.

– Os professores das universidades estaduais do Paraná ameaçam entrar em greve a partir do dia 14 de março, caso o governo não atenda às reivindicações da categoria. Um ato público será realizado no dia 7 de março, em Curitiba, quando os docentes cobrarão a retomada das discussões sobre o plano de carreira, iniciada em 2011.

– Os professores estaduais de Goiás estão em greve desde o dia 6 de fevereiro. A categoria luta contra o achatamento da carreira feito pelo governo estadual, que retirou a gratificação de titularidade dos professores.

– A paralisação feita pelos professores de Colombo, no dia 8 de fevereiro, surtiu efeito e os docentes conquistaram parte das reivindicações apresentadas. A Prefeitura ofereceu aumento salarial de 10% aos professores e servidores, que serão pagos a partir da data-base (entre maio e junho). Educadores terão aumento de 22% retroativos desde o mês de janeiro, para se adequar à Lei do Piso.

Precisamos de um movimento forte e coeso, que demonstre a força e a união da nossa categoria! É só com a união e mobilização que os trabalhadores conseguem vitórias. Várias categorias estão mobilizadas por melhores condições de trabalho. Os professores de Curitiba também podem conseguir avanços se lutarem por condições dignas de trabalho, melhores salários, valorização da carreira e um ICS de qualidade.  

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