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Magistério de Itaperuçu em luta por valorização e melhores condições de trabalho

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O corte de parte da remuneração dos professores foi a “gota d’água” que motivou o magistério municipal de Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba, a dar um basta e ir à luta em defesa de seus direitos.

Na última quinta-feira (9), cerca de 200 pessoas estiveram na Câmara Municipal de Itaperuçu para cobrar esclarecimentos do por que a gratificação que compõem o pagamento dos professores do município foi cortada de maneira arbitrária, sem qualquer debate anterior com a categoria. O requerimento protocolado pelas professoras e professores que compõem o Movimento Despertar exige a apresentação dos documentos que comprovem se houve ou não desvio do dinheiro que deveria ser aplicado na educação.

Segundo a Lei Orgânica do Município, os vereadores têm o prazo de 15 dias para entregar uma resposta formal ao Movimento, com cópia de todos os documentos exigidos. A categoria já começa a organizar as próximas ações para manter pressão e exigir não só a investigação do corte da gratificação, como também para avançar nas demais reivindicações.

O “despertar” do magistério em Itaperuçu
O piso salarial em Itaperuçu é de R$700,00 para 20h semanais. Em julho, a Prefeitura cortou a gratificação de R$ 246,00 que compõem o vencimento dos professores, valor que corresponde a mais de 35% do salário. Quando questionado, o Secretario de Educação apenas informou que como o governo federal suspendeu parte do repasse, a gratificação teria que ser cortada pelo restante do ano.

O corte do pagamento é só a ponta do “iceberg”. As professoras também estão com o pagamento do abono de férias, que geralmente é feito no mês de março, atrasado. Além disso, as condições de trabalho são precárias e parte da categoria é obrigada a aumentar ou dobrar a carga horária, sem receber o que foi trabalhado a mais como hora-extra.

“Nós não estamos aqui apenas por uma gratificação. Nós queremos que esse valor seja incorporado no nosso salário, assim como acontece em outras cidades, como Almirante Tamandaré e Colombo. Por que Itaperuçu tem que ser desvalorizada? Não queremos gratificação, não queremos ser tratadas de forma diferente!”, explicou a professora Adriane Silva durante a manifestação na Câmara.

Mesmo sem ajuda do sindicato que representa a categoria, as professoras e professores do município foram à luta e fundaram o Movimento Despertar. O objetivo do grupo é elaborar uma pauta de reivindicações específica do magistério, que garanta a incorporação da gratificação ao salário, e a melhoria das condições de trabalhadores

“Nossa categoria, não só em Itaperuçu, é muito desvalorizada. Quando nosso movimento surgiu – a princípio por causa da revolta com o corte da gratificação de R$ 246,00 – vimos que isso não é nada perto dos direitos que nós deveríamos ter como profissionais da educação. Agora, vamos ver o que é possível melhorar para a nossa categoria. Chega de dizer amém para tudo que nos dizem!”, defendeu a professora Sheila Melo.

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