Durante reunião realizada na manhã desta segunda-feira (7), a presidência do Instituto Curitiba de Saúde (ICS) confirmou à direção do SISMMAC que não haverá suspensão dos atendimentos online na área de saúde mental, especialmente nos serviços de psicologia e psiquiatria. A decisão vem após intensa articulação do sindicato, iniciada assim que o ICS anunciou, em maio, que passaria a proibir todos os atendimentos remotos realizados por profissionais credenciados.
A medida teria impactos severos para o magistério municipal, já que muitas professoras e professores utilizam os atendimentos online como única forma viável de cuidado com a saúde mental, especialmente diante da sobrecarga e das condições de trabalho nas escolas.
Desde que soube da decisão, a direção do SISMMAC cobrou a revisão da medida e reforçou que a modalidade remota é fundamental para ampliar o acesso aos serviços, garantindo continuidade nos tratamentos e respeitando as rotinas das servidoras e dos servidores. Durante a reunião, o ICS informou que, após considerar os argumentos do sindicato, decidiu revogar a proibição.
A manutenção dos atendimentos remotos acontecerá dentro de um processo de análise mais ampla da qualidade dos serviços prestados por profissionais e clínicas conveniadas. Segundo o ICS, a revisão busca assegurar o cumprimento da legislação, como as normas da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), além das diretrizes do Conselho Federal de Psicologia e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em casos de descumprimento, poderá haver alteração no credenciamento dos prestadores.
O SISMMAC destacou que é papel do Instituto fiscalizar e melhorar continuamente o serviço prestado às servidoras e aos servidores, mas reforçou que o atendimento remoto é uma importante ferramenta de cuidado. O sindicato também defendeu a ampliação do diálogo com o magistério para que o ICS conheça de forma mais profunda a realidade da categoria — uma das mais afetadas por quadros de adoecimento mental no serviço público — e possa, a partir disso, formular políticas preventivas mais eficazes e alinhadas às necessidades reais de quem está no chão da escola.