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Greves agitam clima de mobilização no Paraná

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A insatisfação diante dos baixos salários e da ameaça de retirada de direitos dos trabalhadores têm impulsionado importantes movimentos de greve no Paraná. Além dos professores e demais servidores estaduais da educação, que estão em greve há 17 dias, os servidores municipais de São José dos Pinhais e os metalúrgicos da Volvo também decidiram paralisar as atividades e deflagrar greve por tempo indeterminado.

Todas essas movimentações enfrentam um cenário comum: governos e empresários tentam jogar sobre os trabalhadores a conta de uma crise que eles mesmos produziram. Enquanto os empresários tentam demitir e reduzir salários para ampliar seus lucros e a exploração sobre a classe trabalhadora, os governos federal, estadual e municipais reduzem investimentos em áreas sociais e cortam direitos dos servidores. Com essas medidas, os governos que se endividaram nos últimos anos por causa dos volumosos incentivos e isenções fiscais concedidos ao grande empresariado, tentam recuperar sua capacidade de continuar investindo em projetos que beneficiam apenas os interesses de poucos.

As greves, paralisações e atos são os únicos instrumentos que a classe trabalhadora possui para fazer com que a suas reivindicações sejam ouvidas e acatadas pelo empregador. Mais do que mostrar nossa solidariedade a esses trabalhadores, esse é o momento de unir todas as trabalhadoras e trabalhadores na luta para manter e ampliar nossos direitos!

Todo apoio a luta dos trabalhadores em greve!

Educação estadual completa 17 dias de greve
Os professores e demais servidores da rede estadual de educação estão em greve desde o dia 27 de abril. Mostrando muita garra e coerência, a categoria decidiu permanecer em greve mesmo após os acontecimentos do dia 29 de abril, quando a Polícia Militar reprimiu brutalmente os servidores para que o projeto de lei que permite que o governo coloque as mãos no dinheiro da ParanaPrevidência fosse aprovado a qualquer custo.

Além de denunciar a truculência do governo na aprovação do projeto, a continuidade do movimento também busca revogar a lei sancionada pelo governador, cobrar o cumprimento dos acordos assinados com a categoria na greve de fevereiro e o pagamento do reajuste salarial.

Os professores e demais servidores das universidades estaduais, que deflagraram greve no dia 27 de abril, também continuam paralisados contra o ataque à ParanaPrevidência e contra os cortes de investimentos impostos pelo governador Beto Richa nesse início de ano.

A ameaça de reajuste salarial parcelado ou abaixo da inflação pode impulsionar uma greve geral dos servidores estaduais. Em reunião na última terça-feira (12), o governo do Paraná não apresentou qualquer proposta e apenas indicou a realização de uma nova reunião no próximo dia 19.

Metalúrgicos cruzam os braços na Volvo
Metalúrgicos da Volvo realizaram uma manifestação em frente à montadora, na manhã desta quarta-feira (13). Os trabalhadores estão em greve desde sexta-feira (8) contra o anúncio de 600 demissões.

Para aumentar ainda mais a exploração sobre os trabalhadores, a Volvo tenta fazer com que a categoria aceite a redução de 50% do valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e um índice de reajuste que cobre apenas a inflação do período. Essa proposta é apresentada como “sacrifício necessário” para que a empresa mantenha esses 600 empregos até dezembro. Os trabalhadores já rejeitaram essa proposta porque sabem que as demissões serão feitas de qualquer modo, em dezembro, como parte de uma estratégia para recontratar por salários mais baixos.

Greve dos servidores municipais de São José dos Pinhais
A greve começou na última terça-feira (12), com um grande ato em frente à Câmara Municipal. Mais de dois mil servidores ocuparam as galerias do plenário e fizeram pressão em defesa de seus direitos.

A mobilização dos servidores fez o prefeito Luiz Carlos Setim (DEM) recuar na ameaça de dividir a reposição da inflação em duas parcelas a serem pagas nos meses de junho e novembro. Apesar desse primeiro recuo, a administração municipal não aceitou negociar o percentual de 8,34% e rejeitou todas as demais pautas da categoria.

Por causa dessa intransigência, a greve dos servidores municipais de São José dos Pinhais continua. Neste segundo dia, o movimento cresceu com adesão de mais escolas e CMEIs.

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