• Home
  • »
  • Geral
  • »
  • Greve unificada da educação do Rio de Janeiro completa 10 dias

Greve unificada da educação do Rio de Janeiro completa 10 dias

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
2014greverio

Na última quinta-feira (21), as professoras e professores da rede pública do Rio de Janeiro, que estão em greve há mais de 10 dias, tomaram as ruas da capital fluminense. Vestidos com camisetas cor de laranja com a frase ‘seguir o exemplo dos garis’, os trabalhadores marcharam pela cidade em protesto, até a sede da Prefeitura.

A manifestação foi realizada logo após a assembleia da categoria aprovar a manutenção da greve unificada das redes estadual e municipal de educação, que teve início no dia 12 de maio. O descumprimento dos acordos firmados na greve do ano passado, que se estendeu por 70 dias, é a principal insatisfação que motiva o movimento deste ano. A categoria também reivindica, entre outros pontos, a criação de um novo plano de carreira unificado, cumprimento dos 33,33% de hora-atividade, reajuste salarial de 20%, fim da política de meritocracia e a garantia de que a matrícula do professor seja vinculada a uma única escola.

Além do movimento dos professores, os trabalhadores da segurança privada, que atuam principalmente nos bancos, estão em greve há 28 dias.

Greve de 2013
As professoras e professores municipais do Rio de Janeiro permaneceram em greve por 77 dias em 2013, enfrentando bravamente a truculência e os sistemáticos golpes dos governos de Eduardo Paes e Sérgio Cabral.

A violência do governo contra a categoria foi intensa, desde o dia 28 de setembro. Nessa data, a Polícia Militar retirou, à força, os trabalhadores da educação que ocupavam a Câmara dos Vereadores em protesto contra aprovação do projeto de plano de carreira.

Os professores rede municipal haviam suspendido a paralisação no dia 10 de setembro, depois de mais um mês parados.A greve foi retomada e durou mais 45 dias devido ao golpe do prefeito Eduardo Paes, que descumpriu o prometido e enviou proposta de novo plano de carreira diretamente à Câmara dos Vereadores, sem antes consultar o magistério. Segundo o sindicato, a proposta não atendeu as revindicações do magistério e deixa de fora 93% da categoria.

Apesar de não ter obtido vitórias econômicas, a greve dos professores do Rio de Janeiro foi vitoriosa como forma de denuncia da realidade da educação no município. Os trabalhadores denunciaram o fechamento de escolas e turmas, superlotação de salas de aulas e berçários de creches, pagamento de salários miseráveis e promoção de aprovação automática, tudo para desviar o dinheiro público para empresários e promover a privatização da educação.

Posts Relacionados