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Faz sentido votar em quem pretende destruir a educação?

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SISMMAC - Votar em quem é contra educação

Aqueles que querem acabar com os nossos direitos se esforçam para convencer as servidoras e os servidores públicos de que a política não impacta no nosso futuro e que temos que pensar apenas nas nossas pautas imediatas. Isso é uma grande enganação, porque tudo na vida de qualquer cidadão passa pela política. As decisões tomadas em Brasília, seja pelo Governo Federal ou pela Congresso Nacional repercutem aqui na esfera municipal.

Basta lembrar que a Reforma da Previdência foi aprovada pelo governo de Jair Bolsonaro para depois ser aplicada aqui em Curitiba, taxando aposentadas em 14% e dificultando o acesso à aposentadoria a quem ainda está na ativa. Sem o projeto de Bolsonaro, não haveria um projeto de Greca para isso.

Além disso, professoras e professores nunca foram tão alvos de discursos de ódio como nos últimos anos. Radicais e extremistas publicam, frequentemente, ofensas aos profissionais do magistério, na tentativa de jogar a opinião pública contra nossa categoria. Durante a pandemia, tentaram nos rotular como preguiçosos, desocupados e incompetentes, enquanto tentavam nos forçar ao retorno às atividades presenciais mesmo sem vacinas.

 

Mas o que a política tem a ver com a nossa vida profissional?

É por isso que trazemos essa reflexão: você sabe exatamente o que seus candidatos defendem quando se trata da educação pública? A resposta a essa pergunta é crucial não só para o dia 2 de outubro, mas para o futuro das próximas gerações.

Isso porque a eleição do governo Bolsonaro, por exemplo, já vem condenando milhares de crianças à precarização do ensino e fechando portas de acesso a universidades, e não só porque ele sempre tratou a educação como inimiga, mas também porque construiu uma base de apoio no Congresso que lhe dá respaldo, em troca de recursos, especialmente do orçamento secreto (aquele que não dá para saber onde foi aplicado).

Segundo estudo do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), o orçamento da educação diminuiu mais de quatro vezes em três anos. Dentre as medidas terríveis desse governo, estão os cortes do orçamento da educação básica, que atinge em cheio a educação infantil, que perdeu 96% dos investimentos federais.

Em seguida, vem a educação de jovens e adultos (EJA), que tem previsão de R$16,8 bilhões para 2023 – um corte brusco de 56% em relação a 2021.

Além disso, o governo propôs para 2023 um corte de R$ 1,096 bilhão no programa “Educação básica de qualidade” em comparação com 2022. E o ensino universitário, de responsabilidade do governo federal, foi o mais prejudicado.

O resultado dessa conta é prejuízo para todo mundo: pais, mães, estudantes e corpo docente. E, no caso dos professores, a situação é ainda mais calamitosa, porque são as profissionais da educação que estão na linha de frente, enfrentando todas as dificuldades e lidando com a repercussão e o impacto sobre os estudantes.

Nós, servidoras e servidores de Curitiba, estamos desde 2016 sem avanços na carreira. Quem entrou há 10 anos na rede e estava em estágio probatório em 2014/2015 recebe o salário inicial. No caso das aposentadas, quem pode, está voltando ao mercado de trabalho e, quem não pode fazê-lo, está passando grandes dificuldades por causa da Reforma da Previdência que confiscou 14% da sua aposentadoria.

Nossas condições de vida, trabalho, carreira, salário e aposentadoria pioraram a partir dessa guinada neoliberal que se sucedeu após o impeachment de Dilma Rousseff. Os Governos Temer e Bolsonaro são responsáveis diretos pelas condições na qual nos encontramos. É a política definindo do tipo de alimentação que ingerimos às condições de trabalho que teremos.

No governo Bolsonaro, se somar os cortes na educação e na saúde, o Brasil retrocedeu nada menos que 20 anos.

 

Cidadania

Além do desastre econômico, social, humanitário e até o (não) enfrentamento à pandemia de Covid-19 (que tirou a vida de milhares de professores no país), esses dados do estrago na educação mostram que o Brasil precisa mudar de rumo. Mas não basta apenas trocar o presidente (posição referendada pela categoria no XIII Congresso do SISMMAC neste ano). É preciso avaliar também as candidaturas a deputado federal e a senador.

O Congresso Nacional tem função estratégica de propor e aprovar legislações que podem transformar a vida de milhões de pessoas ou, simplesmente, piorar o que já está bastante trágico (como vem acontecendo desde 2016).

O estudo do Inesc tem apontado um desmonte geral das demais políticas sociais do país, promoção da igualdade racial, políticas ambientais, habitação, entre outras. Ou seja, não é só a educação que vem sofrendo.

Na mesma medida, é preciso avaliar bem as candidaturas a deputado estadual e a governador, porque isso afeta a vida no nosso estado e, consequentemente, aqui na capital. Decisões tomadas no âmbito estadual também estimulam a aplicação aqui na capital.

 

Tudo passa pela política

Viu como um voto não é só uma ação isolada e como a política afeta a nossa vida pessoal e profissional?

A política impacta a sociedade como um todo, por isso é importante votar em quem defende a educação como ferramenta transformadora da sociedade e como eixo principal das ações estratégicas de um governo, e quem defende os direitos de servidores e dos trabalhadores de forma geral.

E não podemos esquecer das questões ambientais, urbanas, segurança, direitos sociais e todos os demais aspectos da nossa vida, que foram fragilizados nos últimos anos.

Para começar a escolher seus candidatos, veja aqueles que se comprometem em eliminar o Teto de Gastos e revisar as regras fiscais, expandir políticas de geração de emprego e renda, eliminar o “Orçamento Secreto”, barrar a Reforma Administrativa, defender direitos e valorizar a educação pública.

Afinal, nessas eleições, não estamos decidindo apenas quem vai governar o país, mas que tipo de país e sociedade queremos realmente ser.

 

Fonte: SISMMAC

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