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Falta de neuropediatras na rede pública de Curitiba tem impacto na educação

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Educação (1)

A crise na saúde pública de Curitiba está afetando diretamente a educação. Pedagogas das escolas municipais estão enfrentando grandes dificuldades com os diagnósticos e tratamentos de saúde para os estudantes de inclusão. Muitas crianças apresentam desorganização e agressividade, frequentemente relacionadas ao transtorno do espectro autista (TEA) e ao transtorno desafiador opositor (TOD), e não recebem os tratamentos necessários pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Essa realidade tem se manifestado em muitas unidades de ensino, especialmente na Educação Infantil. O número de inclusões aumentou significativamente nos últimos anos, mas a maioria das famílias não tem recursos para arcar com os tratamentos adequados. Situações assim estão se multiplicando dentro das escolas, onde as profissionais da educação são sobrecarregadas com responsabilidades que deveriam ser compartilhadas com os profissionais da saúde.

Além disso, a demanda por neurologistas e neuropediatras é uma reivindicação do magistério que está na pauta deste ano. A categoria de servidores municipais com mais afastamentos em 2023, em decorrência de problemas relacionados à saúde mental, é justamente o magistério. Foram quase mil afastamentos no ano, número maior até do que a somatória de professoras da educação infantil e técnicos em enfermagem. 

Esse cenário reflete os problemas relacionados às condições de trabalho, o congelamento da carreira e diversos outros problemas enfrentados na rede municipal de ensino (RME) de Curitiba.

Pela falta de prioridade da gestão municipal, tanto o Departamento de Inclusão e Atendimento Educacional Especializado (DIAEE) como os Centros Municipais de Atendimento Educacional Especializado (CMAEEs) não conseguem oferecer o suporte necessário. Muitas crianças demonstram agressividade com colegas e professores, e esses comportamentos poderiam ser amenizados com manejos adequados. O maior problema causado pela falta de neuropediatras é a demora do diagnóstico.

Infelizmente, o DIAEE tem transferido a responsabilidade para as professoras, pedagogas e diretoras, sem oferecer o apoio necessário. 

A Prefeitura de Curitiba precisa, com urgência, ampliar as equipes de neuropediatras e outros especialistas em saúde mental infantil. 

A saúde das crianças e a qualidade da educação dependem de um sistema de saúde eficiente, inclusivo e adequado às crianças com necessidades especiais.

Fonte: Sismmac

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