A Prefeitura Municipal de Curitiba está realizando uma enquete sobre o tema: “Eleição de diretores”. Sabemos e já apontamos os limites desse instrumento de consulta, pois ele não propicia o debate sobre o assunto e, por isso, limita o entendimento e a participação qualitativa dos trabalhadores.
Consideramos que a enquete é uma pesquisa inicial da mantenedora e que não reflete, de forma organizada, o posicionamento da categoria sobre o assunto. Até porque uma pessoa pode responder inúmeras vezes essa enquete e isso pode alterar qualquer medição de posicionamentos.
São os espaços presenciais que privilegiam o debate e, com isso, promovem o aprofundamento das discussões e a qualidade dos encaminhamentos. Por isso, pautamos no início desse ano que a atual administração retomasse o Grupo de Trabalho para alteração da Lei para eleição de diretores.
A primeira reunião foi marcada e adiada de 4 para 18 de novembro. O problema foi que essa enquete saiu antes de nos reunirmos e de podermos saber quais as intenções da Prefeitura sobre possíveis mudanças na referida lei. Não sabemos se as mudanças estão sendo planejadas para as próximas eleições e se a enquete será o principal instrumento para avaliar as possíveis mudanças.
Defenderemos na reunião do dia 18 de novembro que exista de fato um caminho democrático para esse importante debate. E que não sejam feitas mudanças abruptas sem que professoras e professores possam se organizar, debater e se posicionar coletivamente sobre o tema. Mesmo que as mudanças não aconteçam para a próxima eleição. Pior do que não mudar nada é mudar às pressas.
