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Mais uma perda inaceitável: em menos de uma semana, outra professora morre em escola da rede estadual

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NOTA DE FALECIMENTO - Rosane Maria Bobato

Menos de uma semana após a morte da professora Silvaneide Monteiro Andrade, dentro do Colégio Cívico-Militar Jayme Canet, uma nova tragédia atinge a educação pública do Paraná. A professora Rosane Maria Bobato faleceu na tarde desta quinta-feira (6), durante o expediente, no Colégio Estadual Santa Gemma Galgani, em Curitiba. Ela passou mal, foi acolhida na coordenação da escola, mas infelizmente não resistiu.

Rosane lecionava Língua Portuguesa e acumulava mais de 29 anos de dedicação à rede estadual de ensino. Foi diretora da própria unidade onde perdeu a vida — uma escola que hoje faz parte do programa de privatização da gestão escolar promovido pelo governo Ratinho Jr., por meio da entrega da administração a organizações sociais privadas, mesmo sem a anuência da comunidade escolar.

Essas mortes não podem ser tratadas como meras coincidências. São sintomas de um projeto político que, com diferentes roupagens, adoece quem está na linha de frente da educação pública. O que está em curso é um processo de desmonte das redes públicas — tanto estadual como municipal —, que seguem a mesma cartilha do mesmo grupo político: plataformização, militarização, assédio institucional, sobrecarga, desvalorização e privatização disfarçada de “inovação”.

O caso da professora Rosane revela o resultado concreto da política de terceirização da gestão escolar imposta à força pelo governo do Paraná. O clima de pressão, desumanização e cobrança por metas está destruindo vínculos, esvaziando o sentido da docência e deixando marcas profundas na saúde física e emocional das trabalhadoras e dos trabalhadores da educação.

Diante de mais essa perda irreparável, o SISMMAC se solidariza com familiares, colegas, estudantes e com toda a comunidade escolar do Santa Gemma e da rede estadual. Também se soma à indignação de todas e todos que exigem que as mortes de Rosane e Silvaneide não sejam normalizadas. É preciso denunciar, resistir e mudar esse projeto de destruição que se instalou nas escolas públicas.

Rosane Maria Bobato, presente.
Silvaneide Monteiro Andrade, presente.

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