A eleição para diretoras e diretores das escolas da rede municipal de Curitiba está confirmada para este ano. O anúncio foi feito pelo secretário municipal de Educação, Jean Pierre Neto, que garantiu a realização do processo em novembro — e não em outubro, como de costume. Apesar da alteração no calendário, o mais importante é que a eleição vai acontecer, e isso é resultado direto da mobilização da nossa categoria.
Trata-se de uma vitória concreta da luta do magistério, da resistência das professoras e professores e da defesa incansável da democracia nas escolas. A garantia da eleição em 2025 está entre os pontos prioritários da Pauta de Reivindicações da nossa categoria, aprovada em assembleia. Ou seja, foi a luta coletiva que assegurou esse direito.
Há mais de quatro décadas, as escolas municipais de Curitiba realizam eleições diretas para direção escolar. Essa prática democrática, construída a partir da organização sindical e da participação ativa das comunidades, fortalece os projetos pedagógicos, aproxima as famílias da escola e contribui para uma educação pública de qualidade.
Manter a gestão democrática é essencial para impedir retrocessos, como os que ocorrem em outras redes. Em São Paulo, por exemplo, a gestão do prefeito Ricardo Nunes destituiu mais de 30 diretoras e diretores com base em índices do Ideb — sem critérios claros, sem diálogo com os conselhos escolares e desrespeitando a comunidade. Um ataque que escancara o avanço da lógica meritocrática e da privatização da gestão educacional.
O magistério deverá seguir mobilizado. A democracia nas escolas é conquista histórica e só se mantém com luta.