No dia 26 de novembro, foram realizadas eleições nas escolas da rede para escolha dos trabalhadores que assumiriam os cargos de direção e vice-direção pelos próximos três anos. Esse processo gerou importantes debates sobre os diferentes projetos e papeis que a direção pode desempenhar no enfrentamento dos problemas vividos na unidade, que prejudicam tanto a qualidade do ensino, quanto as condições de trabalho dos professores.
Depois de encerrado o processo eleitoral, é hora de aproveitar o debate feito nas escolas, esquecer os possíveis conflitos e impulsionar a luta em defesa da qualidade da educação pública e por melhores condições de trabalho.
Próximos desafios
No início do próximo ano, os diretores devem sofrer uma grande pressão por parte da Prefeitura. Isso porque o magistério aprovou, em assembleia, um indicativo de greve para o dia 29 de fevereiro. Esse indicativo é um instrumento para que, a partir da nossa mobilização e luta, possamos fazer frente aos ataques da Prefeitura e avançar no atendimento dos itens que compõem a nossa Pauta de Reivindicações.
Sabemos que a pressão já começou e no início do ano que vem não será diferente. Os diretores serão pressionados novamente a agirem como “representantes da Secretaria Municipal de Educação” nas escolas, serão constrangidos a utilizar seu cargo para coibir a manifestação dos professores, para silenciar nossas insatisfações com as condições que temos para desenvolver nosso trabalho na educação.
Mas, esse não deve ser o seu papel. Defendemos ao longo deste semestre que o diretor deve atuar como um parceiro da comunidade escolar, que seu compromisso deve ser com aqueles que o elegeram, que vivenciam o cotidiano da escola e conhecem os desafios enfrentados por quem constrói, com o seu trabalho, a educação de Curitiba.
Diretor é professor e está na direção
Por entendermos a importância dessa função, fizemos o Seminário da Eleição de Diretores, trabalhamos bastante na comissão eleitoral e retomamos o contato com diversas direções de escola. Para o ano que vem intensificaremos esse trabalho, organizando atividades em que os professores que desempenham o cargo de direção possam trocar experiências, debater as dificuldades em comum e fortalecer a construção de uma gestão democrática e construída com participação direta dos trabalhadores para as escolas da rede.
Além do indicativo de greve do dia 29 de fevereiro, teremos uma assembléia marcada para o dia 23 do mesmo mês que irá avaliar as negociações com a Prefeitura e decidir se a greve é necessária. A greve só acontecerá se a administração seguir com seus ataques aos direitos dos trabalhadores – como a quebra data-base e da isonomia salarial – e se ela não propuser avanços concretos em nossos direitos e na Educação Pública de Curitiba.
Diretor, junte-se a sua categoria e vamos à luta por uma Educação Pública de qualidade, com profissionais do magistério valorizados e melhores condições de trabalho!
