A direção do ICS já tem pronta uma minuta para o projeto de saneamento do instituto. Mas é uma proposta trancada a sete chaves. Nem o Conselho de Administração do ICS conhece o seu teor.
Os servidores municipais são financiadores do instituto. Portanto, têm todo o direito de conhecer quais as propostas que estão sendo construídas para o ICS.
As diretorias do Sismmac e do Sismuc estão agindo junto às autoridades municipais cobrando as prometidas negociações sobre o futuro do instituto.
Falta democracia
Na reunião de 25 de novembro, o único representante de todos os servidores no Conselho de Administração do ICS requereu a apresentação do projeto de saneamento e seu debate. Foi vencido. Os demais conselheiros fugiram de suas responsabilidades. Negaram-se a conhecer o documento e se reduziram a papéis meramente figurativos.
Não foi por acaso que o Conselho Administrativo do ICS soube da intervenção branca da ANS por meio dos jornais. A falta de democracia impede a transparência no instituto e transforma conselheiros em meros bonecos decorativos. Logo o CA, que deveria ser um conselho gestor do Instituto Curitiba de Saúde, cabendo à diretoria o papel executivo.
Esta é a importância de se democratizar o ICS. Os servidores precisam ter representação paritária, com condições e poderes de fiscalização. Para não serem tomados por novas surpresas.
Fragmentos
As informações que se têm sobre o ICS são em fragmentos. A Prefeitura de Curitiba tenta ao máximo evitar que os servidores tenham conhecimento integral da situação do ICS.
As mudanças já vêm ocorrendo no instituto. E cada vez mais vai pesando no bolso dos usuários. Vários dentistas foram dispensados recentemente. O instituto vai só manter o atendimento geral na área odontológica. Se o servidor precisa tratar um canal, tem que procurar serviço conveniado, pagando fator moderador.
Uma empresa já foi contratada para realizar novo cálculo atuarial do instituto e pode indicar uma nova alíquota de contribuição.