A recusa da Prefeitura em permitir que as professoras e professores troquem de turno durante o procedimento do remanejamento, no qual aparecem todas as vagas disponíveis, é mais uma forma da gestão Greca tentar maquiar a falta de profissionais na rede municipal de ensino de Curitiba.
#@txt1640@#Em reunião da comissão designada para acompanhar o procedimento, realizada no dia 18 de novembro, as direções do SISMMAC e do SISMUC cobraram que a possibilidade de troca de turno voltasse a ser realizada da mesma forma que ocorria até 2018, dentro do procedimento de remanejamento. Mas, os sindicatos receberam a negativa da gestão. O SISMMAC oficiou a Prefeitura cobrando explicações. E a justificativa nada plausível dada pelo Recursos Humanos via e-mail na manhã desta sexta-feira (4) é que a troca de turno historicamente impede a adequação de horário daqueles professores que possuem dois padrões na rede municipal ou em outras redes de ensino.
#@arq1643@#A grande verdade é que essa é uma medida arbitrária da gestão do desprefeito Greca que quer esconder a falta de profissionais do magistério na rede. Com essa maquiagem, o prefeito se exime de realizar concursos públicos até que a situação fique tão insustentável para que ele apresente a terceirização ou a contratação via Processo Seletivo Simplificado (PSS) como solução, retirando assim direitos historicamente conquistados pelo conjunto dos trabalhadores e entregando mais um serviço do município para a iniciativa privada.
#@vej3@#Até 2018, a troca de turno era realizada dentro do processo de remanejamento, com transparência, critérios objetivos e com possibilidade para todos. Os critérios eram objetivos e definidos antecipadamente, oferecendo a possibilidade para todas professoras e professores da rede. Em 2019, diante do agravamento da falta de profissionais, a gestão Greca retirou esse procedimento do remanejamento e estabeleceu que a troca acontecesse apenas por meio de requerimento. Com isso, os critérios não são transparentes e não sabemos quais são os mecanismos adotados pela administração para conceder a troca de turno para uns e não para outros.
Ao adotar essa medida, fica claro que a Prefeitura quer controlar os buracos gerados pela falta de contratação. Isso porque há uma tendência para que as vagas do período da manhã sejam preenchidas e a falta de profissionais no turno da tarde aumente e se agrave.Ou seja, o governo retira a possibilidade de mudança de turno para mascarar a realidade e deferir e indeferir requerimentos de acordo com o que é mais conveniente para a gestão!
Outro mecanismo utilizado pela Prefeitura é cobrir vagas fixas com contratos de Regime Integral de Trabalho (RIT) quando deveria convocar os aprovados no último concurso para a ocupação dessas vagas. Somando vagas para docência I, educação física e pedagogia escolar existem 1.160 vagas fixas que deveriam ser ocupadas com professores concursados que hoje são substituídos por RITs. E, como já vimos durante a pandemia, Greca pode cortar o número de professores em RIT a qualquer momento, sem nenhuma justificativa plausível.
Por isso, temos que nos mobilizar e lutar pela convocação de professores aprovados e pela realização de novos concursos públicos já!
