líder do prefeito na Câmara, vereadorPier Petruzziello (PTB), partiu para o ataque aos servidores
nesta terça-feira (23). Em entrevista à
rádio BandNews, Pier chamou os servidores que acompanharam o protesto ontem de “radicais”
e reclamou do suposto excesso de democracia da Câmara Municipal para discussão
dos projetos.“Dialogamos
em excesso, talvez esse tenha sido o nosso grande equívoco”, declarou o
vereador.
A
mobilização de ontem ganhou mais tempo para o debate e impediu que os
vereadores dessem aval para a tramitação de projetos com falhas
inconstitucionais. É isso que o vereador chama de dialogar demais?
Em
declaração publicada no jornal Metro, Pier cometeu outra gafe. O vereador usou
o protesto de ontem na Câmara Municipal como pretexto para defender a Reforma
Trabalhista e ins. Pier disse que os sindicalistas “ganham uma enormidade” e
que os sindicatos serão “derrotados” pela Reforma Trabalhista por causa do fim
do imposto sindical.
Mas o tiro saiu pela culatra. Nenhum
dos sindicatos que representa os servidores municipais de Curitiba recebe
imposto sindical. O SISMMAC é contra a cobrança desse imposto e defende que os
sindicatos devem ser financiados exclusivamente pela contribuição voluntária
dos seus sindicalizados.
Além disso, nenhum dos diretores do
SISMMAC ganha “uma enormidade” como disse o vereador. Todas as professoras e
professores eleitos para o exercício do mandato sindical recebem apenas os
salários que já recebiam quando estavam em sala de aula, sem qualquer vantagem.
Já os subsídios pagos ao vereador Pier Petruzziello para atuar no mandato para o qual
foi eleito somamR$ 15.156,70 (bruto), segundo o Portal da
Transparência.
