25 de novembro é Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher. Entidades do movimento social e do movimento sindical realizarão manifestação a partir das 17 horas, na Boca Maldita, em Curitiba.
O ato lembrará mulheres vítimas de violência. Entre as diversas atividades será montado um mural com recortes e denúncias.
O mote do manifesto é “Por mim, por nós e pelas outras – pelo fim da violência contra as mulheres e meninas – todo o apoio a Lei Maria da Penha.”
História
O dia 25 de novembro foi definido como marco para a luta contra a violência contra a mulher no I Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, realizado em 1981, em Bogotá, Colômbia.
A data foi escolhida para lembrar as irmãs Mirabal (foto), assassinadas pela ditadura Trujillo na República Dominicana.
Em 1991 teve início a Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres, sob a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher, que propôs os 16 Dias de Ativismo contra a Violência por motivações sexuais. Começa no 25 de novembro e encerra-se no dia 10 de dezembro, aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Este período também contempla outras duas datas significativas: o 1º de Dezembro, Dia Mundial da Luta contra a Aids e o dia 6 de dezembro, Dia do Massacre de Montreal, contra homossexuais. Em março de 1999, o 25 de novembro foi reconhecido pela ONU.
Atividades em Curitiba
Em Curitiba já estão previstas atividades para os 16 dias de ativismo.
06 de dezembro
Dia do laço branco – homens pelo fim da violência contra as mulheres
Concentração às 16 horas, na Praça Santos Andrade, com caminhada até a Boca Maldita, onde haverá ato às 17 horas.
09 de dezembro
Encontro Promoção de Equidade de Gênero
15 de dezembro (data indicativa)
Encontro Federação de Mulheres, com o tema Mulher, decisão e poder
As irmãs Mirabal
Em homenagem a Patria, Minerva e Antonia María Mirabal foi escolhido o dia 25 de novembro como Dia Internacional de Combate à Violência Contra à Mulher.
As irmãs formaram o grupo Las Mariposas, de oposição à ditadura de Rafael Trujillo, na República Dominicana. Foram presas e torturadas várias vezes.
Em 25 de novembro de 1960 foram apunhaladas e estranguladas numa plantação de cana-de-açúcar. O assassinato fortaleceu a oposição ao regime até a morte de Trujillo, em maio de 1961.