• Home
  • »
  • Geral
  • »
  • Dia do Trabalhador, um dia de luta

Dia do Trabalhador, um dia de luta

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
diadotrabalhador

O 1º de maio, Dia do Trabalhador, é uma data para refletirmos sobre a nossa luta, a luta da classe trabalhadora. O dia de hoje não é um dia de festa, é uma data de luta, para relembrarmos as nossas vitórias e também as derrotas e reforçarmos a necessidade de nos organizarmos frente aos ataques de patrões e governos.

Há 127 anos, no dia 1º de maio de 1886, dezenas de milhares de trabalhadores foram às ruas pela redução da jornada de 12 horas para 8 horas diárias. Muitos foram mortos e várias lideranças sindicais presas. A partir desse triste e importante episódio, o 1º de maio ficou marcado com um dia de luta da classe trabalhadora.

Neste Dia do Trabalhador, vamos parar e lembrar da luta da nossa classe por melhores condições de trabalho e por uma outra sociedade, na qual não exista exploração do trabalho e nem a apropriação dos meios de produção da vida.

Mostra Primeiro de Maio
A Cinemateca está com uma mostra especial de filmes relacionados a questão do trabalho. Os filmes brasileiros, premiados nacional e internacionalmente, contam um pouco da história da luta dos trabalhadores do Brasil.

Programação

Dia 1º
Eles não usam Black-Tie (BR/SP, 1981 – 121’ – ficção – digital). O filme debruça-se sobre os conflitos, contradições e anseios da classe trabalhadora no final dos anos 1970, na crise final da ditadura militar. Tião, jovem operário, namora Maria, colega de fábrica. Quando toma conhecimento de que ela está grávida, resolve marcar o casamento. Mas as dificuldades financeiras do casal são imensas. Nisso eclode uma greve. Otávio, pai de Tião, líder sindical veterano, adere à greve mesmo contrariado com a decisão da categoria, que lhe parece precipitada. Participando dos piquetes em frente à fábrica, entra em choque com a polícia, é espancado e preso. O filho, indiferente ao drama do pai e dos colegas, fura a greve. Individualista, credita à militância do pai a miséria em que sempre viveram. O conflito então explode no interior da família. Direção: Leon Hirszman. Elenco: Fernanda Montenegro, Gianfrancesco Guarnieri, Carlos Alberto Riccelli.
Classificação: 14 anos

Dia 02
São Paulo Sociedade Anônima (BR/SP, 1965 – 107’ – ficção – digital). Grande painel sobre o impacto das transformações sociais e econômicas na cidade de São Paulo provocadas pelo surto da implantação da indústria automobilística no Brasil, sob a ótica de um indivíduo em ascensão. Após casar-se, ter amantes e progredir socialmente, unindo-se a um empresário do setor automobilístico, ele entra em crise e tenta abandonar sua carreira e sua vida conjugal. Direção: Luiz Sergio Person. Elenco: Walmor Chagas, Darlene Glória, Eva Vilma.
Classificação: 12 anos

Dia 03
Gaijin – Caminhos da Liberdade (BR, 1980 – 104’ – ficção – 35mm). O filme mostra a história dos imigrantes japoneses que chegaram ao Brasil no início do século 20. Uma garota japonesa que busca uma vida melhor e passa a trabalhar numa plantação de café. Tristemente, a moça percebe que os homens são tão exploradores na América do Sul quanto no Japão. Direção: Tizuka Yamasaki. Elenco: José Dumont, Antonio Fagundes, Sadi Cabral.
Classificação: 14 anos

Dia 04
Conterrâneos Velhos de Guerra (BR/DF, 1990 – 168’ – documentário – digital). Os primeiros tempos de Brasília, ainda na construção, em 1959. Os canteiros de obras se espalham por toda parte e os trabalhadores, chamados de candangos, afluem de vários pontos do país, especialmente do Nordeste. As péssimas condições de trabalho provocaram uma chacina que vitimou grande número de operários. A memória deste e de outros episódios chega aos nossos dias pelo testemunho daqueles que viveram a experiência da construção da capital brasileira.
Direção: Vladimir Carvalho

Dia 05
Uma Questão de Terra (BR/DF, 1988 – 80’ – documentário – digital). A partir do assassinato da líder camponesa Margarida Maria Alves, o filme analisa os vários níveis de violência no campo. Dando voz aos trabalhadores rurais, questiona-se, de maneira contundente, o problema fundiário no país, especificamente no Estado da Paraíba. O documentário culmina com os três dias de votação da reforma agrária na Assembléia Nacional Constituinte de 1988. Direção: Manfredo Caldas.

Dia 06
O Homem que Virou Suco (BR/SP, 1979 – 97’ – 97’ – ficção – digital). A história segue Deraldo, um poeta popular nordestino recém chegado a São Paulo, onde tenta sobreviver de sua poesia e folhetos. Confundido com o operário de uma multinacional que mata o patrão, é perseguido pela polícia e perde sua identidade e condição de cidadão. Através de Deraldo, o filme acompanha o caminho do trabalhador migrante numa cidade grande: a construção civil, os serviços domésticos e subempregos sujeitos à violência e à humilhação. E segue a luta de Deraldo para reconquistar sua liberdade e preservar sua identidade.Direção: João Batista de Andrade. Elenco: José Dumont, Célia Maracajá, Ruth Escobar.
Classificação: 16 anos

Dia 07
ABC Brasil (BR/SP, 1981 – 18’ – documentário – digital). Documentário sobre a retomada do movimento operário, liderado pelos metalúrgicos do ABC Paulista, que culminou na criação do Partido dos Trabalhadores (PT). Recebeu o prêmio de Melhor Filme no Festival de Cinema de Niterói, em 1982. Direção e roteiro: Sérgio Péo, José Carlos Asbeg e Luiz Arnaldo Campos.

Greve! (BR/SP, 1979 – 37’ – documentário – digital). Os acontecimentos principais da greve dos metalúrgicos do ABC, liderada por Lula em março de 1979, são narrados ao mesmo tempo em que se procura contextualizá-los no momento político brasileiro. Depoimentos de operários militantes revelam as razões objetivas que os conduziram a esse movimento sólido e transformador.Direção e roteiro: João Batista de Andrade.

Greve de Março
(BR/SP, 1979 – 35’ – documentário – digital). O documentário aborda a primeira fase da greve dos metalúrgicos do ABC, em 1979. Foi realizado para ser exibido aos operários durante a trégua entre as duas fases da greve, com o objetivo de mobilizá-los para a segunda fase. O filme mostra as grandes assembleias, com mais de 100 mil metalúrgicos, no campo de Vila Euclides, em São Bernardo do Campo; a mobilização em vigília no Sindicato; os conflitos de rua decorrentes e a volta triunfal da diretoria, encabeçada por Lula, na grande assembleia em que a trégua é proposta. Direção e roteiro: Renato Tapajós.

Serviço
Ingresso: gratuito
Data(s): 01/05/2013 a 07/05/2013 – 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª feira, sábado e domingo
Horário(s): 19h

Posts Relacionados