A volta às aulas nas escolas municipais de Curitiba é
novamente marcada por incertezas decorrentes de informações incompletas e
desencontradas por parte da Secretaria Municipal de Educação (SME). Um dos
principais problemas é o quadro incompleto de profissionais na maior parte das
escolas.
O remanejamento (2021) poderia ter tido todas as fases
iniciadas e concluídas ainda no ano passado, assegurando a organização
pedagógica das escolas, e garantindo que os docentes saíssem de férias certos
do seu destino profissional no próximo ano.
No próprio edital do concurso de remanejamento, já era
notória a falta de profissionais nas unidades, reflexo de uma política de
ausência de concursos públicos, que suprisse aposentadorias e exonerações.
Para compensar essa ausência de concursos, a PMC tem, desde
1993, realizado a dobra de jornada, por meio do contrato de RITs. Entretanto,
em 2021 iniciou a contratação de PSSs, regime precário de contrato, que reduz
ainda mais os direitos dos trabalhadores. Houve também muita confusão quanto à
escolha de vagas desses dois tipos de regimes de trabalho.
Às vésperas de iniciar o ano letivo com os estudantes,
muitos diretores ainda não sabiam quantas vagas seriam abertas para RIT. Os
próprios núcleos regionais apresentam informações diferentes e desencontradas.
Falta de planejamento e desorganização por parte da SME?
Acreditamos que não! Essa gestão neoliberal utiliza-se dessa estratégia para
confundir, dificultar a organização do coletivo de trabalho e centralizar as
informações nas mãos de poucos, que passam a deter o poder.
A falta de diálogo é intencional.
Enfim, teremos um ano de muita luta!
Fonte: SISMMAC