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Curitiba perdeu pelo menos 39 servidores para a Covid-19

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20210326subnotificacao

Curitiba já perdeu mais de 3.600
vidas para a Covid-19 segundo boletim oficial divulgado pela Prefeitura. Entretanto,
estudos mostram que o número é cerca de 32% maior quando se considera a
subnotificação.

O Subnotificômetro,
levantamento criado pelo jornal Plural com base em dados do Sistema Único de
Saúde (SUS), mostra que Curitiba
registrou 3.141 óbitos por Covid-19 até o dia 14 de março de 2021, além
de outras 1.533 mortes no mesmo período causadas por Síndrome
Respiratória Aguda Grave (SRAG) sem agente definido.

A subnotificação também parece
afetar os dados sobre a morte de servidoras e servidores públicos municipais.

Em resposta a uma cobrança feita pelo SISMMAC e pelo SISMUC, a Prefeitura
informou via ofício
que foram registradas 20 mortes de servidores da ativa entre o início da
pandemia e o dia 11 de março de 2021
. Entretanto, há indícios de que esses
dados também estão subestimados, além de não levar em consideração a morte de
trabalhadores terceirizados que prestam serviço ao município. Um exemplo
disso é que a Prefeitura menciona 6 óbitos de servidores da ativa ligados à Secretaria
Municipal de Educação, enquanto os sindicatos receberam confirmação de que
foram pelo menos 10 mortes neste mesmo período.

Os dados fornecidos pela
administração também não incluem os aposentados, nem abrangem as mortes das
últimas semanas que compreendem o momento mais crítico desde o início da
pandemia.

#@txt1750@#Quando cruzamos os dados dos
sindicatos com as informações fornecidas pela Prefeitura, são pelo menos 27 mortes de servidores
da ativa por Covid-19 até o momento, além do óbito de pelo menos outros 12 aposentados.
Essas
vidas perdidas não são apenas números. Cada morte causou uma dor imensa em quem
teve que se despedir de um familiar ou um amigo. Em respeito à memória de quem
perdeu a vida para a Covid-19, devemos continuar firmes cobrando vacinação já e
para todos, além de protocolos de segurança e de isolamento social mais rígidos
para conter o avanço da pandemia.

Além da tristeza pela perda, a
revolta é grande diante do descaso com as mortes e com as medidas necessárias
para evitá-las. A
Prefeitura não emitiu sequer uma nota de pesar em homenagem aos servidores que
perderam a vida para a Covid-19.

Nacionalmente, a situação é ainda mais grave!

Na última quarta-feira (24), o
Brasil ultrapassou a triste marca de mais de 300 mil mortos por Covid-19.
Entretanto, duas pesquisas distintas realizadas por pesquisadores da Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade de São Paulo (USP) indicam que o
número real já ultrapassa 410 mil mortes.

A subnotificação ajuda a maquiar
a gravidade da situação. O problema é ainda mais grave pela postura adotada
pelo governo Bolsonaro – e, em menor escala, pelo governador Ratinho Jr e pelo
prefeito Rafael Greca – em minimizar os riscos da doença e tentar impor um
clima de normalidade e retomada de atividades mesmo com a tendência de aumento
dos casos identificada desde o final do ano passado.

Nenhuma vida a menos! O
SISMMAC e o SISMUC seguem na cobrança para que a vacinação seja acelerada e
para que os serviços não essenciais permaneçam suspensos até que o caos em que
se encontra o sistema público de saúde seja revertido. A mobilização também
busca valorização e condições de trabalho para as servidoras e servidores que
estão na linha de frente do combate à Covid-19 e a garantia de que as aulas
presenciais continuarão suspensas até a garantia de vacinação e testagem
periódica.

Os estudos realizados pela
Fiocruz, USP e o Subnotificômetro criado pelo jornal Plural usam como base os
dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe, conhecido
como Sivep-Gripe. Esse é o sistema de referência para saber quantos casos de
infecções respiratórias necessitaram de hospitalização e evoluíram para óbito
no país.

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