O Conselho de Representantes do SISMMAC se reuniu na manhã e na tarde desta quinta-feira (21) para discutir os problemas reais do magistério, a partir da conjuntura política nacional, e os desafios relacionados à gestão do orçamento de Curitiba.
Conjuntura desafiadora
O jornalista Pedro Carrano, ex-coordenador do Brasil de Fato Paraná e militantes de movimentos sociais, apresentou elementos relevantes sobre a conjuntura dos últimos anos e seus impactos nas lutas pelos direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores em diversas esferas da sociedade.
A partir de suas análises, as representantes e os representantes das escolas puderam debater as dificuldades enfrentadas no cotidiano das unidades escolares e a importância de resistir às perdas de direitos. Foi destacado o papel fundamental da ampliação das mobilizações e das lutas por avanços concretos.
Orçamento municipal
A professora Alda Sampaio detalhou aspectos do orçamento municipal, com foco nos recursos destinados à educação.
Nos debates, professoras e professores ressaltaram a insuficiência dos investimentos na manutenção e ampliação da maioria das escolas, o baixo aporte na melhoria das condições de trabalho do magistério e as escolhas da gestão Greca em transferir cada vez mais recursos para serviços terceirizados.
Essa falta de prioridade tem agravado o adoecimento no magistério, decorrente da desvalorização profissional, da superlotação das salas de aula, das condições precárias em muitas unidades escolares e do assédio praticado por gestores.
Um ponto destacado nas discussões foi a importância de que as profissionais do magistério participem ativamente dos processos de disputa pelo orçamento da Prefeitura, pressionando a administração municipal a ampliar os investimentos na educação. A Lei Orçamentária Anual deve ser votada até o dia 10 de dezembro.
Data-base do magistério
A Câmara Municipal marcou para a próxima terça-feira (26) a votação do reajuste salarial do funcionalismo municipal. O SISMMAC está convocando a categoria para um ato público, às 9h, em frente à Câmara, com o objetivo de cobrar um reajuste que não apenas reponha a inflação do último período, como propôs a Prefeitura, mas também garanta ganhos reais, compensando as perdas acumuladas, que ocorreram nos primeiros anos da gestão Greca, entre 2017 e 2021.