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“Cortes na Educação – A nossa escola pede socorro! ”

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Esse
bem poderia ser um slogan presente em qualquer escola da rede municipal de
educação. Em tempos de crise política, a retirada de direitos já atingiu toda
classe trabalhadora. Como consequência, a crise econômica já vinha sendo
utilizada como justificativa para os cortes no magistério municipal de
Curitiba. Dois cortes foram a gota d’água para a Escola Municipal Rolândia. O
primeiro foi a lentidão nos processos de avaliação diagnóstica e na inserção de
profissionais de apoio para alunos de inclusão. O segundo se deu às pressas,
durante o período de recesso, e sem o mínimo debate com a comunidade escolar.

Cortes e mobilização

A
Secretaria Municipal de Educação (SME) retirou todas as professoras vinculadas
às atividades nas bibliotecas escolares do município, e solicitou que profissionais
que tivessem laudo médico assumissem a função administrativa dessas bibliotecas.
Descontentes com esses encaminhamentos, os membros do Conselho do Rolândia
elegeram uma comissão de mães, pais, professores e funcionários para realizar
uma reunião com a chefia de Núcleo, a fim de esclarecer a situação. No primeiro
encontro, mediado pela direção da Escola, a representante do Núcleo comunicou
que se tratava de questões de ordem administrativa, e que não seria necessário
tratá-la com a comunidade escolar. Insatisfeitos, os membros do Conselho de Escola
organizaram uma assembleia de pais, realizada no dia 18 de agosto, na qual
foram decididos os pontos essenciais da pauta para negociação com a SME.

Após
votação unânime na assembleia, foi enviado no dia seguinte um ofício informando
à Secretária de Educação de que uma comissão eleita pela assembleia escolar
iria até o seu gabinete no dia 22 de agosto para discutir as reivindicações da
escola. Nesta data os membros eleitos da comissão de pais foram ao Edifício
Delta para pedir esclarecimentos. A assessora da secretária de Educação recebeu
o documento que solicitava, entre outras coisas, o retorno das agentes de leitura
da escola e a liberação de duas profissionais de apoio às crianças de inclusão.
O documento também avisava que, caso a solicitação da comunidade escolar não
fosse respondida, os pais fariam no dia 24 de agosto um atraso de 30 minutos na
entrada das crianças na escola em protesto ao descaso da Prefeitura.

As negociações

No
dia 23 de agosto, de acordo com deliberação em assembleia, a comunidade escolar
colocou duas faixas nos portões da Escola, solicitando o atendimento urgente
das reivindicações. Ainda no período da manhã, a comissão eleita foi convocada
pela Secretária de Educação para uma reunião a ser realizada no dia seguinte, a
fim de esclarecer pontos em aberto no documento e propor soluções.

Na manhã do dia 24 de
agosto, após quatro horas de reunião, a SME liberou as duas profissionais de
apoio para as crianças de inclusão e se comprometeu a liberar uma professora de
laudo para trabalhar na biblioteca, resguardando as professoras de laudo já
presentes na Escola nas suas respectivas funções. Aproveitando a oportunidade,
uma mãe apontou a necessidade do projeto de apoio pedagógico no contraturno, o
qual não foi viabilizado na escola pela baixa remuneração ofertada. A equipe da
SME comprometeu-se a agilizar este apoio, mesmo que se inicie no mês de
setembro.

A comissão deixou claro também que o
encaminhamento sobre as agentes de leitura não era ainda o que a comunidade
escolar esperava, além de que haveria a necessidade de outra reunião em breve para
discutir as demais pautas pendentes. Pouco foi discutido sobre os outros itens
da pauta, indicando que outra reunião será necessária em breve.

A união faz a força!

Somente com informação
e ação coletiva foi possível frear a retirada de direitos e buscar estratégias para
enfrentar o descaso da Prefeitura com a qualidade do Ensino Público de
Curitiba. A Escola Municipal Rolândia se manteve firme diante dos ataques e deu
um belo exemplo de mobilização e conscientização em conjunto com a comunidade
escolar, provando que juntos somos mais fortes!

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