A bancada evangélica da Câmara Municipal criticou o Casamento Coletivo, promovido pelo Tribunal de Justiça do Paraná. Para a divulgação do casamento, que esta previsto para dezembro deste ano, foi utilizada uma imagem que igualava as uniões homoafetivas e heteroafetivas, afirmando assim o direito de todos a participarem deste processo de união civil.
Incomodados com este tratamento igualitário aos casais homoafetivos, no dia 1º de outubro, alguns vereadores propuseram uma moção de repúdio e discursaram contra o apoio da PMC ao evento.
Com a crítica destes vereadores, a publicação foi retirada da página do facebook da Prefeitura. Numa demonstração de total desrespeito com o princípio de laicidade do Estado e de igualdade de direitos, independentemente de identidade de gênero e orientação sexual. Como a retirada do post causou espanto na mídia, a imagem foi recolocada.
Entendemos que a Prefeitura, a luz das conquistas do Movimento LGBT na sociedade brasileira, deve assumir a promoção da igualdade de direitos a essa população, inclusive nas suas mídias sociais. É preciso condenar qualquer tipo de discriminação motivada por orientação sexual ou identidade de gênero. Não pode haver mudança de posicionamento à menor pressão dos grupos que querem impedir o tratamento igualitário de qualquer grupo que seja. A administração tem a missão de promover os direitos humanos e tomar providencias contra o assédio homofóbico.
Outra questão que não pode ser ignorada é o posicionamento de enfrentamento ao executivo feito por esses vereadores, em relação a uma postagem sobre a união civil igualitária. Não temos visto esses parlamentares fazerem esse mesmo enfrentamento quando a questão é a ampliação do orçamento público para educação, a valorização dos trabalhadores do magistério e as mudanças solicitadas pelos professores no projeto de lei sobre o Plano de Carreira do magistério municipal de Curitiba. Nesses casos, o “diálogo” com o executivo é priorizado e qualquer enfrentamento em defesa da educação praticamente desconsiderado.
Nos dias 14 e 15 de outubro, o nosso Plano de Carreira será levado ao plenário da Câmara, e o nosso questionamento é se haverá o mesmo empenho, comprometimento e denúncia na defesa das emendas exigidas pelos professores municipais que trabalham dia a dia por uma educação de qualidade.
