Desde as 0h desta quarta-feira (14), os trabalhadores dos Correios do Paraná deflagraram greve por tempo indeterminado. A decisão pela paralisação saiu no início da noite desta terça-feira em assembleias realizadas nas regionais de todo o Estado. Eles estavam com indicativo de greve desde o final de agosto. As assembleias foram realizadas em Curitiba, Foz do Iguaçu, Cascavel, Maringá Ponta Grossa e Londrina.
Os trabalhadores acreditam que o movimento grevista contará com a adesão de outros estados ao longo da semana.
Os funcionários estão em campanha salarial e a proposta da empresa foi recusada porque não atende nem 1/3 das reivindicações da categoria.
Segundo a operadora de triagem Juliana Righetti, diretora do sindicato da categoria, a principal reivindicação não foi atendida pela empresa. "Queremos uma melhora significativa no salário base da categoria, que está bastante defasado devido os constantes abonos cedidos e que só serviram para achatar nossos salários".
Atualmente, o salário base da categoria é R$ 807. A empresa ofereceu aumento de 6,87%, valor abaixo da inflação que foi de 7,26%, e R$ 50 para todos os funcionários, a partir de janeiro de 2012. A proposta fica muito aquém do que do salário-base reivindicado, que é de R$ 1.635.
Além da questão salarial, os carteiros querem que o tíquete-auxilio alimentação suba de R$ 23 para R$ 30 e o vale cesta passe de R$ 130 para R$ 300. A empresa ofereceu tíquete no valor de R$ 25 e vale cesta de R$ 140.
Os trabalhadores reivindicam ainda melhores condições de trabalho. "Estamos há quatro anos sem concurso e agora vão chamar 9,1 mil que passaram em concruso recente, mas a medida não contempla nem a metade do que estamos precisando. Estão terceirizando a empresa, tipo uma privatização. Para se ter uma ideia, só no meu setor, ao todo temos 25 funcionários terceirizados e apenas estão sendo contratados seis concursados para minha área. A falta de funcionários tem provocado a sobrecarga nos que estão na ativa", concluiu a diretora.