O Conselho de Representantes (CR) do SISMMAC realizou suas primeiras reuniões do ano na manhã e na tarde desta quinta-feira (16), na sede do sindicato.
Para mostrar a viabilidade financeira do plano de carreira aprovado em 2014, o cientista de dados que assessora o sindicato Gabriel Murari apresentou um estudo sobre os dados da Prefeitura, mostrando que o orçamento do município comporta os investimentos necessários para descongelar a carreira do magistério e enquadrar toda a categoria de forma adequada.
Além disso, 100% dos recursos do Fundeb podem ser usados para investir nos salários dos servidores, mas a Prefeitura tem optado por gastar mal, na compra de equipamentos, como tablets, ou a compra de licença-prêmio, o que prova que é uma escolha da Administração municipal não investir na valorização da categoria.
O SISMMAC participou ontem (15) de uma reunião para retomar as negociações com a PMC (clique aqui e veja como foi), e uma nova rodada está agendada para o dia 20 de março.
Demandas
Por estarmos no começo do ano letivo, as professoras e os professores da rede municipal já estão percebendo problemas nas escolas e trazendo até o sindicato. Esse é um procedimento importante porque municia a direção da entidade, que pode estabelecer ações para cobrar da administração municipal.
As representantes fizeram um profundo debate sobre o impacto das decisões da Prefeitura sobre as profissionais do magistério e sobre as escolas e relataram experiências de ação e diálogo com as comunidades onde estão inseridas.
A direção do SISMMAC ressaltou a importância da organização no local de trabalho, a partir da atuação dos representantes eleitos em cada unidade escolar, que têm um papel fundamental na ponte entre a organização das lutas e o dia a dia da categoria.
O SISMMAC levará as demandas apresentadas no CR para a Superintendência de Gestão Educacional, uma vez que já temos agenda de reunião para início de marco. O Sindicato fará também uma reunião com representantes de sexto ao nono ano no dia 9 de março para levantar as pautas do segmento.
Conjuntura municipal e lutas da categoria
No Conselho de Representantes foi realizado uma análise da conjuntura municipal e das relações políticas que determinam os rumos da Câmara dos Vereadores de Curitiba cuja atuação acaba sendo, geralmente, uma corrente de transmissão da Prefeitura. A atual composição da Câmara cria dificuldades, já que de 38 vereadores, 4 parlamentares são de oposição (3 do PT e 1 do PV) e 5 são independentes. O restante está ligado à Administração.
Os conselheiros debateram sobre os espaços de disputa, ainda mais nessa nova fase do país, com o início do novo Governo Lula no âmbito federal, cuja visão é mais voltada aos investimentos sociais, que traz novas perspectivas para o avanço das políticas públicas, muito diferente dos governos Temer e Bolsonaro, que implementaram medidas para destruir os serviços públicos e os direitos dos trabalhadores.
As professoras e professores que estiveram no CR, refletiram sobre a grande manifestação do dia 30 de novembro, que foi um marco, com a paralisação da maioria das escolas, e a grande manifestação pública, que sinalizou para a Prefeitura que o magistério está disposto a lutar.
A mobilização foi determinante para barrar a absurda proposta de carreira que a SMAP queria passar no atropelo e que já estava na Câmara. Por isso, precisamos manter a categoria unida e mobilizada, porque é só assim que conseguiremos continuar avançando em nossas pautas.
Fonte: SISMMAC
