Atos marcam um mês do início das ocupações contra a PEC 241

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20161103cic

Mesmo com as tentativas de agressão
e as ameaças do governo estadual, estudantes secundaristas continuam dando
exemplo de garra e de resistência em defesa da educação! Na manhã desta quinta-feira
(3), fecharam por algumas horas o cruzamento de várias ruas em Curitiba e
região metropolitana para protestar contra a reforma do ensino médio e contra a
Proposta de Emenda Constitucional que congela por 20 anos os investimentos em
serviços públicos.

Nesta quinta completa um mês do
início das ocupações de escolas. O movimento ganhou o país e se tornou a maior onda de protestos de estudantes
secundaristas do mundo.

No centro de CURITIBA, os
estudantes bloquearam por uma hora cruzamento das ruas XV de Novembro com a
Mariano Torres. Após o fim do bloqueio, o protesto seguiu até o campus da
Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde estudantes da
instituição ocupam dois prédios.

Na região do CIC, a manifestação começou
em frente ao Colégio Estadual Rodolfo Zaninelli. Os estudantes seguiram em
passeata pela BR 376 (Contorno Sul) e pela Rua João Bettega até o Colégio
Estadual Brasílio Vicente de Castro. O
ato também interrompeu o transito em alguns trechos, com panfletagem para a
população. 

Em ARAUCÁRIA, a manifestação dos
estudantes secundaristas bloqueou a Rodovia do Xisto, principal
via que liga Curitiba ao polo industrial de Araucária, no sentido Curitiba. O protesto continuou
pelo centro da cidade, com a panfletagem para a população sobre os prejuízos da
reforma do ensino médio e da PEC do congelamento.

Manifestações buscam ampliar a apoio da sociedade às ocupações

O Colégio Estadual Arnaldo
Jansen
, em São José dos Pinhais, foi o primeiro a ser ocupado, no dia 3 de
outubro. Depois disso, o número de ocupações cresceu rapidamente e se espalhou
por vários estados do Brasil.

#@vej3@#Apesar de terem o apoio de pais e
da comunidade, os estudantes enfrentaram ameaças e atos violentos
protagonizados por grupos de ultradireita, com destaque para o agrupamento
denominado Movimento Brasil Livre (MBL).

Na semana passada, o Colégio
Lysimaco Ferreira da Costa, no bairro Água Verde, chegou a ser invadido por
integrantes do MBL
. Não havia mandado de reintegração de posse e ação foi feita
de maneira ilegal, com base em ameaças e tentativas de intimidação. A Polícia
Militar foi chamada e retirou os integrantes do MBL para evitar que houvesse
agressão aos estudantes que ocupavam pacificamente a escola.

Na última terça-feira (1º), o
governo também apelou para a intimidação para forçar a desocupação do Núcleo
Regional de Educação
, que havia sido ocupada no dia anterior por estudantes.
Por não ter um mandato de reintegração de posse, o governo decidiu cortar o
fornecimento de agua e energia. Além disso, também acionou a Polícia Militar para
cercar o prédio e impedir a entrada de água e comida para os secundaristas.

Mesmo com toda a intimidação, os
estudantes resistiram durante toda a tarde e só saíram do Núcleo no início da
noite, após a reintegração de posse ser definida pela justiça. Ainda assim, saíram
de cabeça erguida, aos gritos de “ocupar e resistir”, com a promessa de
continuar o movimento de luta contra os retrocessos na educação.

Não aceitaremos violência e
intimidações nem dos grupos de ultradireita, como o MBL, nem do governo
estadual
. A luta contra a reforma do ensino médio e contra a PEC do
congelamento dos serviços públicas é legitima e busca impedir retrocessos que
prejudicarão toda a população trabalhadora.

Nós, como trabalhadoras e
trabalhadores, devemos nos unir também ao movimento de resistência contra esses
ataques que buscam jogar a conta da crise econômica nas nossas costas! Nenhum direito a menos!

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