A conquista da hora-atividade, com a Lei do Piso de 2008, foi um marco na luta do magistério contra a sobrecarga histórica que afeta nossa categoria dentro e fora da sala de aula.
Embora seja uma luta que ainda hoje precisamos travar para que esse direito seja plenamente concretizado, sua aprovação mostrou a importância de termos meios para que a vida profissional não ocupe o tempo que deveria ser dedicado à vida pessoal, à família, às atividades de lazer, cultura, descanso e todos os demais componentes que são importantes para uma vida mais digna.
Mas hoje, trabalhadores de diversas categorias enfrentam jornadas profundamente desgastantes, especialmente a jornada 6×1. Trabalhar seis dias seguidos para descansar apenas um não permite a recuperação necessária, prejudica o convívio familiar e aumenta o estresse e o desgaste físico e mental.
Enquanto diversos países estão aprovando jornadas menores, de 4 dias de trabalho, com comprovado aumento da produtividade e da qualidade de vida dos trabalhadores, aqui no Brasil há setores que resistam ao fim da jornada 6×1, colocando interesses econômicos acima da dignidade humana e ignorando os impactos negativos dessa prática exaustiva.
Em Curitiba, diversas entidades realizarão um ato público nesta sexta-feira (15), feriado de Proclamação da República, às 15h, na Praça Santos Andrade.
A luta pelo fim da jornada 6×1 é mais que uma reivindicação trabalhista, é uma causa humana. Convidamos todas e todos a apoiarem essa luta.