A Prefeitura anunciou nesta quarta-feira (19) a nomeação de 144 professores de Docência I e matemática para substituir aposentadorias e exonerações. A convocação, em número ainda abaixo do necessário, já mostra que a administração teme a união das professoras e professores de Curitiba e que está tentando evitar a greve.
Agora, resta saber se a Prefeitura irá atender as reivindicações do magistério ou se essa é só mais uma medida isolada que apenas maquia e adia a solução dos problemas. Em relação à falta de professores nas escolas e demais unidades da rede, ainda há muito que fazer. Segundo cálculo feito pelo SISMMAC, é necessário contratar pelo menos mais 500 profissionais de Docência I para preencher todo o quadro.
A própria administração municipal já havia assumido, em reunião realizada no final do ano passado, a necessidade de contratar mais de mil professores para preencher o quadro dos 33,33% de hora-atividade. Entretanto, as nomeações ficaram bem abaixo do necessário: foram 310 no final de janeiro, seis no início de fevereiro e agora o anúncio dessas 144 novas contratações, totalizando apenas 460, menos da metade do necessário.
Além de convocar menos professores do que o necessário, o anúncio dessa nova nomeação vem com mais um problema: o parcelamento. Segundo a Prefeitura, serão contratados apenas 30 profissionais no dia 24 de fevereiro e os demais assumem vaga apenas na semana de 10 de março.
O problema da falta de professores será debatido em reunião com a Prefeitura no dia 21 de fevereiro. É a última chance de negociação antes da assembleia do dia 27, que vai decidir sobre a deflagração da greve marcada para o dia 17 de março.
Por isso, essa é a hora de aumentar a pressão sobre a Prefeitura! Não podemos aceitar que a administração sacrifique a qualidade da educação que é ofertada às crianças de Curitiba por mais um ano. É hora de perder a paciência!
