A assembleia do último dia 7 de maio aprovou a prestação de contas do SISMMAC referente ao ano de 2012. O documento, disponível aqui, apresenta um resumo dos investimentos feitos pelo Sindicato ao longo do ano para impulsionar a organização e a luta da categoria.
O ano de 2012 foi marcado pela luta do magistério em defesa de melhores condições de trabalho e valorização profissional. Ao lado das conquistas obtidas com a nossa mobilização, avançamos também na reorganização do Sindicato, com a troca da sede, criação de um fundo de greve e outras ações que melhoram a estrutura e a capacidade do Sindicato organizar as lutas da categoria.
A arrecadação do SISMMAC vem das mensalidades pagas pelos sindicalizados: professoras e professores que reconhecem que o Sindicato é um instrumento de luta e de organização da categoria. Por isso, entendemos que esse dinheiro deve ser utilizado para fortalecer a mobilização do magistério municipal.
É com essa visão que temos cuidado das contas do SISMMAC desde que a gestão Novos Rumos – A Alternativa de Luta assumiu a direção da entidade, em agosto de 2011.
Confira abaixo um breve balanço financeiro de 2012:
Fundo de greve
O magistério aprovou, em 2012, a criação de um Fundo de Greve. A iniciativa, criada em abril a partir do dinheiro descontado dos salários dos diretores do SISMMAC na greve, foi ampliada em agosto, no X Congresso da entidade. Na ocasião, a categoria aprovou o aumento da contribuição sindical – que passou de 0,9% para 1,1% – e definiu que metade desse aumento seria repassado mensalmente para o Fundo de Greve.
A poupança do Fundo de Greve fechou o ano de 2012 com R$ 23.130,03.
As outras duas poupanças do SISMMAC, que servem como fundo de reserva da entidade, fecharam o ano com o saldo de R$ 134.442,15. Quando assumimos a gestão do Sindicato, em agosto de 2011, a poupança estava em R$ 95.757,89.
Nova sede e aquisição de novos carros
Em julho de 2012, fizemos a transferência do SISMMAC para uma sede maior, no Rebouças. Depois de quase um ano de procura, encontramos um local que atende melhor às necessidades do Sindicato. Com essa mudança, melhoramos a estrutura que o Sindicato tinha para a realização de encontros, CRs e Assembleias.
Em 2012, também trocamos um carro antigo e compramos um veículo novo, ampliando a capacidade que o Sindicato tinha para as visitas aos locais de trabalho e entrega do jornal. Hoje, o SISMMAC possui quatro carros novos.
Investimento para compra da sede própria
Em assembleia, a categoria aprovou que 8% da arrecadação mensal deve ser destinado para aquisição de sede própria, fazendo um CDB, Certificado de Depósito Bancário, que tem maior rentabilidade que a poupança. Portanto, a partir de janeiro de 2013, o SISMMAC passou a aplicar 8% da sua arrecadação mensal nesse investimento.
A realização da assembleia foi um dos encaminhamentos aprovados no X Congresso do SISMMAC, quando o magistério definiu o mês de dezembro de 2012 como prazo para que a política financeira para essa aquisição fosse debatida.
Como a primeira aplicação foi feita em janeiro de 2013, a o CDB da sede própria não aparece na prestação de contas de 2012. Iniciamos o mês de maio com um saldo de R$ 58.746,61 nesse investimento.
Aumento do número de sindicalizados e da arrecadação
Ao longo do ano de 2012, aumentamos o número de professoras e professores sindicalizados o que, consequentemente, aumentou também a arrecadação do Sindicato. Passamos de 5.533 sindicalizados em agosto de 2011, quando assumimos a direção do SISMMAC, para 6.480 em abril de 2013.
O aumento do número de sindicalizados é consequência do envolvimento crescente da categoria na definição dos rumos do Sindicato. Além de mostrar a disposição das professoras e professores da rede de se organizarem junto ao Sindicato para lutar pela ampliação de direitos, o aumento das sindicalizações também fortalece a representação e a capacidade atuação do Sindicato!
Apoio a outros movimentos
Outro eixo importante da política financeira do SISMMAC é o apoio a outros movimentos de trabalhadores que atuam de acordo com os princípios da organização por local de trabalho, formação política, autonomia em relação aos partidos políticos e independência frente aos patrões e governos.
Essa política foi aprovada no último X Congresso, quando magistério decidiu pela desfiliação da CUT por entender que a Central se distanciou da sua base ao longo dos anos, se burocratizou e não está mais ao lado dos trabalhadores.
A contribuição de 6,2%, que antes era destinada à Central passou a ser utilizada como apoio financeiro para outros movimentos como forma de contribuir com o processo de reorganização do conjunto da classe trabalhadora.
