• Home
  • »
  • Geral
  • »
  • Aprovado indicativo de greve docente a partir de 29 de maio na UFPR

Aprovado indicativo de greve docente a partir de 29 de maio na UFPR

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

Diante do descompromisso do governo federal com a educação e os serviços públicos em geral, os docentes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) aprovaram indicativo de greve a partir de 29 de maio.

A decisão foi tomada durante Assembleia Geral Extraordinária da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR-SSind), realizada em ontem (12), e foi aprovada por ampla maioria.

Com a conjuntura de ajuste fiscal, desmonte dos serviços públicos e desinvestimento na Educação, as negociações entre o governo federal e os servidores também estão sendo prejudicadas. Em reunião com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), no início de maio, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) não apresentou nenhuma resposta à pauta de reivindicações dos docentes federais.

Para haver reajuste em 2016, a proposta de reestruturação de carreiras e salários precisa entrar na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) até 31 de agosto deste ano – mas, sem perspectivas de negociação e de melhorias para os próximos anos, o caminho apontado foi a intensificação da mobilização da categoria.

“Até o momento, não temos nenhuma sinalização de avanços e o prazo para aprovar o orçamento dos próximos anos encerra em agosto. Motivos para a greve não nos faltam. Se ficarmos quietos agora, nosso reajuste em 2016 será zero”, destaca a presidente da APUFPR-SSind, Maria Suely Soares.

O risco de defasagem salarial pela falta de uma data-base que garanta o cumprimento dos direitos foi apontado pelos docentes. “Somos forçados a fazer greve com frequência porque o governo descumpre o preceito constitucional de garantir o reajuste inflacionário. Se não tivermos um reajuste para 2016, acumularemos entre 15 a 20% de perda salarial até 2017. Com a inflação real, perderemos ¼ do nosso poder aquisitivo nos próximos anos se não fizermos o movimento grevista”, afirma o docente do departamento de Saúde Comunitária da UFPR, Rogério Gomes.

A comissão de mobilização da categoria é composta por Adriana Hessel Dalagassa, Afonso Takao Murata, André Pietsch Lima, Claus Germer, Lafaiete Neves, Maria Suely Soares, Melissa de Almeida, Milena Maria Costa Martinez, Ricardo Pazello, Rogério Gomes e Vitor Marcel Schühli.

A deliberação dos docentes da UFPR será discutida nacionalmente junto ao Setor das Instituições Federais de Ensino (Ifes), que acontece em 15 e 16 de maio, e haverá novas assembleias para discutir os rumos do movimento. A mobilização nacional da categoria integra o movimento grevista dos Servidores Públicos Federais (SPFs).

Mobilizar para avançar

O histórico de greves dos docentes mostra que apenas com a mobilização da categoria foi possível conquistar os poucos avanços dos últimos anos.

Direitos como o limite máximo de 12 horas em sala de aula, a publicização de todas as instâncias deliberativas da Universidade, a criação de funções gratificadas para as coordenações de graduação e pós-graduação, a mudança de regime de trabalho para Dedicação Exclusiva (DE), e a realização do Estágio Probatório dos docentes do Setor Litoral da UFPR, por exemplo, só foram conquistados após as greves históricas de 2011 e 2012.

Fonte: Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná – APUFPR-SSind

Posts Relacionados