Após a pressão dos sindicatos SISMMAC e SISMUC sobre as
medidas de segurança dos profissionais na logística de entrega dos Kit´s
alimentação, referente ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), a Prefeitura afirmou ao
Conselho de Alimentação Escolar (CAE) que estará enviando EPIs à todas as
unidades educacionais para
a terceira entrega, que está programada para iniciar na próxima semana a partir
de segunda-feira (20).
Segundo o departamento de
logística, as unidades receberão máscaras de tecido, 10 protetores faciais (face
shield), luvas descartáveis e álcool gel.
Devemos reforçar que as máscaras de
tecido não substituem os EPIs respiratórios, porque não têm eficácia comprovada
de acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). As máscaras de
tecido não têm controle de fabricação, não há vedação e por não serem
descartáveis aumenta a possibilidade de contágio durante a manipulação. O uso
incorreto pode gerar uma falsa sensação de proteção e aumentar ainda mais o
contágio.
Fica claro que a gestão Greca tenta se
livrar da responsabilidade de fornecer o equipamento de proteção adequado. A
partir do momento em que os trabalhadores estão realizando o contato com a
comunidade, eles devem ter os EPIs certos para proteger suas vidas e de suas
famílias.
Problemas com as
empresas terceirizadas
A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que os problemas ocorridos na última entrega foram
responsabilidade das empresas terceirizadas, com as quais a Prefeitura mantém contratos para o
fornecimento de alimentação escolar para toda a rede de ensino.
Além disso, a administração afirmou que, para a próxima
entrega dos kit’s, haverá um monitoramento cuidadoso para que isso não ocorra
mais. Essa situação desagradável poderia ter sido evitada caso a SME tivesse
feito esse acompanhamento desde o início do processo de composição dos kit´s
por parte das terceirizadas.
complementares
alimentação, serão distribuídas também as atividades complementares. Esse método
tem sido alvo de denúncias dos sindicatos ao Ministério Público do Trabalho (MPT-PR)
devido a algumas situações de aglomerações em unidades escolares durante a organização
das atividades, o que coloca muitos trabalhadores em risco de contágio,
principalmente durante o alerta laranja e o crescimento de casos de Covid-19 em
Curitiba.
Desde o início do trabalho
remoto, os sindicatos estão constantemente em contato com a SME para buscar informações e
denunciar o desencontro de orientações dadas aos profissionais pelos
núcleos regionais, principalmente referente as convocações presenciais nas
unidades fora do dia da entrega dos kit´s alimentação.
Nesse momento, entendemos a entrega dos kit’s alimentação como uma
atividade essencial devido à pandemia e à situação de insegurança alimentar que
muitos estudantes estão expostos. É fundamental garantir o direito e a
qualidade da alimentação escolar também em tempos de pandemia!
