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Aluno da Escola Municipal Papa João XXIII é assassinado em frente à unidade

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Na noite da última quarta-feira (25), um aluno da Escola Municipal Papa João XXIII, no Portão, foi assassinado em frente à unidade. O jovem de 21 anos era aluno do projeto Educação para Jovens e Adultos (EJA) e estava com um grupo de amigos em frente ao local quando recebeu um tiro nas costas e faleceu antes da chegada do siate.

Além da perda irreparável de um estudante, a violência também deixou marcas de bala nas paredes da escola e um profundo sentimento de insegurança que afeta toda a comunidade escolar. A tragédia aconteceu depois que a administração municipal cortou drasticamente o efetivo policial que fazia a guarda das unidades de ensino neste inicio de ano. As rondas continuam, entretanto nem mesmo as escolas que funcionam no período noturno, como é o caso da Papa João XXIII, contam mais com um guarda municipal de plantão. Entre as reivindicações que compõe a Pauta do Magistério, está a garantia de permanência de guarda municipal por unidade escolar.

O SISMMAC manifesta sua solidariedade aos professores, demais funcionários e aos alunos da Escola Municipal Papa João XXIII. Há anos, o magistério reivindica que a Prefeitura desenvolva políticas públicas que combatam a violência e que garantam mais segurança às unidades de ensino. Entretanto, a administração municipal pouco fez para combater as raízes sociais da violência e também erra nas medidas pontuais que deveriam amenizar os sintomas desse problema social. As dificuldades com as empresas de segurança terceirizada e o corte da guarda municipal são exemplos de como a Prefeitura vem tratando com descaso a segurança e a vida dos trabalhadores e alunos das escolas públicas.

O problema da violência não se restringe a esse triste assassinato na Escola Municipal Papa João XXIII. Esse é um assunto cada vez mais comum nas escolas da rede e reflete, na verdade, o aumento da concentração de renda e da violência em Curitiba. A Prefeitura tem obrigação de garantir condições de trabalho dignas e seguras para os trabalhadores do serviço público. Entretanto, sabemos que não basta investir apenas na resolução dos “sintomas” da violência. É preciso agir nas causas sociais que a geram. Desigualdade social, miserabilidade e a falta de acesso à educação e a outros bens produzidos pela humanidade estão entre as principais causas da violência.

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