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Ainda estou aqui”: um manifesto poético e político pela memória e pela luta das classes populares

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Ainda estou aqui

Num momento em que o apagamento histórico e as desigualdades sociais se intensificam, “Ainda estou aqui” emerge como uma obra obrigatória para quem acredita na força da memória e da luta coletiva. Mais do que um filme é um grito de resistência que denuncia o desmonte das conquistas sociais, o silenciamento das vozes populares e a violência das estruturas que perpetuam a exclusão e a opressão. Com uma narrativa envolvente e profundamente crítica, a longa provoca reflexões indispensáveis sobre as dinâmicas de poder e a urgência de manter vivas as histórias daqueles que resistem.

Uma denúncia ao desligamento histórico

O filme é um testemunho da importância de preservar as memórias das classes trabalhadoras, que muitas vezes são apagadas ou ignoradas pelas narrativas hegemônicas. 

Ele apresenta a luta daqueles que vivem à margem, mas que são, paradoxalmente, os alicerces da sociedade. Em cada cena, o longo nos lembra que, por trás dos avanços e conquistas sociais, há décadas de mobilizações e enfrentamentos realizados por movimentos populares. 

Ao resgatar essas histórias, “Ainda estou aqui” se posiciona como uma resistência à tentativa de acabar com o passado de lutas, o que serve apenas para perpetuar as desigualdades.

A força da coletividade

“Ainda estou aqui” nos lembra que a resistência não é apenas um ato individual, mas uma construção coletiva, que une vozes, corpos e histórias em uma luta contínua por justiça e dignidade. O filme destaca que a coletividade é o único caminho para transformar realidades marcadas pela opressão e exploração.

Ao retratar o cotidiano de pessoas comuns — trabalhadores, aposentadas, líderes comunitários e jovens engajados em suas realidades locais —, o filme faz um tributo às histórias que raramente chegam às telas. Essas narrativas revelam a potência de quem, mesmo diante da precarização e do descaso, encontra força para resistir e transformar. São histórias que falam de solidariedade, coragem e, sobretudo, esperança.

Educação e resistência

Para as professoras do Magistério de Curitiba, “Ainda estou aqui” é um convite à reflexão sobre o papel da educação na luta por uma sociedade mais justa. Como educadoras, somos desafiadas a questionar o sistema que reproduz as desigualdades e atua como agentes de transformação. O filme nos lembra que a educação é, por excelência, um ato político, que pode ser usado tanto para perpetuar injustiças quanto para combatê-las.

Assistir a “Ainda estou aqui” é também um momento de fortalecimento. Em tempos de desmonte da educação pública e de desvalorização do Magistério, uma obra inspira a renovação do compromisso com as lutas coletivas e a defesa dos direitos conquistados. O filme reforça que a resistência, em todas as suas formas, é um ato necessário para a construção de uma sociedade mais equitativa e solidária.

Uma obra para não esquecer e agir

“Ainda estou aqui” não oferece respostas simples. Em vez disso, provoca questionamentos e nos desafiamos a olhar para a realidade com olhos críticos. É um filme que nos lembra que a história é feita por quem luta, e não por quem tenta apagar as vozes dissidentes. É uma obra que incomoda, emociona e, acima de tudo, inspira.

Ao assistir ao filme, não apenas refletimos sobre as injustiças do passado e do presente, mas também nos conectamos com a responsabilidade de agir para construir um futuro diferente. “Ainda estou aqui” é um chamado à resistência, à solidariedade e à transformação. Um lembrete poderoso de que, enquanto houver quem lute, a esperança e a possibilidade de mudança permanecerão vivas.

O SISMMAC reafirma a importância de momentos culturais como este, que fortalecem a luta coletiva e nos conectam com as histórias que dão sentido ao nosso compromisso com a educação e com a justiça social. “Ainda estou aqui” é mais do que um filme: é um ato de resistência e um convite à ação.

 

Veja aqui o trailer do filme “Ainda estou aqui”:

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