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Agosto Lilás expõe contradições da gestão municipal no combate à violência contra as mulheres

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Agosto lilás (1)

O Agosto Lilás, mês dedicado ao combate à violência contra a mulher, deveria ser marcado por reflexões e ações efetivas. Em Curitiba, no entanto, as ações da Prefeitura revelam uma contradição gritante entre o discurso e a prática. Enquanto promove campanhas midiáticas, políticas que perpetuam a violência estrutural e dificultam o acesso das mulheres a serviços essenciais continuam sendo implementadas.

A seriedade da Administração municipal no enfrentamento à violência de gênero é questionável. Ao mesmo tempo em que destaca a importância do combate à violência doméstica, promove cortes em áreas fundamentais como saúde, educação e assistência social, afetando diretamente as mulheres, especialmente as das periferias.

Os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), que deveriam apoiar mulheres vítimas de violência, estão sucateados, com falta de pessoal e recursos, enquanto o orçamento para propaganda segue intocado.

A precarização dos serviços de saúde em Curitiba, com unidades superlotadas e sem estrutura, agrava ainda mais a vulnerabilidade das mulheres, que enfrentam dificuldades no acesso a serviços essenciais como saúde reprodutiva e atendimento psicológico.

A realidade das mulheres trabalhadoras em Curitiba também é ignorada pela gestão municipal, que fecha acordos com empresas que super exploram trabalhadores pagando baixos salários, em vez de promover igualdade de gênero no mercado de trabalho.

A violência institucional praticada pelas forças de segurança é outro exemplo do descaso. As mulheres, especialmente as negras e periféricas, são tratadas com desdém e truculência, sem que haja reforma nas práticas policiais ou treinamento adequado.

Neste Agosto Lilás, enquanto a prefeitura promove eventos superficiais, é crucial que a sociedade civil e os movimentos feministas denunciem a falta de compromisso real com a causa. A luta contra a violência de gênero não pode ser uma fachada; precisa ser prioridade nas políticas públicas, com investimentos concretos em serviços de apoio, saúde, educação e segurança.

A transformação verdadeira exige enfrentar as raízes estruturais da violência contra as mulheres e cobrar da gestão municipal ações efetivas que garantam a dignidade e segurança de todas as mulheres de Curitiba.

Fonte: Sismmac.

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