Após consolidar a Lei do Piso Nacional, o magistério luta para que Estados e Municípios passem a respeitá-la.
Um dos marcos desta campanha foi o Dia Nacional de Mobilização e de Paralisação, convocado pela CNTE para 11 de maio. Nessa data, em todo o país ocorreram manifestações, mobilizações, paralisações, audiências públicas.
Em Curitiba, o Sismmac participou de ato conjunto com a APP-Sindicato. Depois, entregou oficialmente à administração municipal um documento em que cobra a adoção imediata da hora-atividade de 33,3% da jornada. Enquanto isto não for feito, deverá pagar hora extra sobre a diferença entre os atuais 20% e os 33,3% da lei, que já está em vigor.
Amanda Gurgel
Um vídeo que bombou na internet, com o depoimento da professora Amanda Gurgel, surgiu de uma atividade realizada neste 11 de maio.
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte realizou audiência pública, atendendo a uma reivindicação do Sinte-RN, sindicato que representa os professores estaduais. Professora dessa base sindical, Amanda conseguiu sintetizar de forma clara e objetiva as frustrações que professores sofrem, em maior ou menor grau, em todo o país.
Os professores potiguares estão em greve. Reivindicam a aplicação da Lei do Piso. Não apenas no que se refere à hora-atividade, como em Curitiba, mas para que seja pago salário acima do piso salarial nacional do magistério.
O Ministério da Educação define o valor do piso em R$ 1.187,08 para professor/a com formação em Ensino Médio e por 40 horas semanais. Mas a CNTE calcula que, pelos critérios da lei de 2008, o piso deveria ser hoje de R$ 1.597,87.
Santa Catarina
Outra rede em greve é a de Santa Catarina. O governador Raimundo Colombo (ex-PFL/DEM, atual PSC) se recusa a negociar com o Sinte-SC. Para piorar, apresentou Medida Provisória que achata e acaba com o plano de carreira do magistério, conquistado na década de 1980. O salário base é de R$ 609,46. A greve está forte e o impasse parece que vai se prolongar por bastante tempo.
Há greves também em Alagoas e Sergipe.
Nos estados do Mato Grosso e do Espírito Santo, os professores estão em, Estado de Greve.
Na Paraíba a greve acabou, com a conquista de reajuste de 5% retroativo a janeiro e a aplicação da Lei do Piso.
Em Pernambuco, as negociações ainda não se esgotaram e parecem evoluir.