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2012 começa com mobilização e luta dos trabalhadores

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Quando o diálogo emperra, o único instrumento que os trabalhadores possuem para pressionar os patrões é a paralisação de suas atividades. Essa é a lição que diversas categorias profissionais têm ensinado ao conjunto da classe trabalhadora neste início de 2012.

O ano mal começou, mas já tivemos ao menos 10 movimentos de greve em todo o Brasil. Policiais militares, bombeiros, trabalhadores da saúde, motoristas de ônibus, seguranças e professores. O elemento comum a todos esses processos é a luta por melhores salários e condições de trabalho, em resistência à exploração e ao descaso a que os trabalhadores são submetidos diariamente.

Pelo Brasil, várias categorias estão unidas, mobilizadas e algumas já em processo de greve para conquistar vitórias e melhorias em suas condições de trabalho e de vida.

Confira abaixo um panorama das principais mobilizações no país.

Motoristas e cobradores de Curitiba conquistam 10,5% de reajuste salarial
Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (15), na Praça Rui Babosa, os cerca de oito mil motoristas e cobradores do transporte coletivo de Curitiba decidiram aceitar a nova proposta apresentada pelo sindicato patronal e encerrar a greve iniciada na madrugada do dia 14.

Na terça e quarta-feira, a paralisação fez com que a capital amanhecesse sem ônibus nas ruas, parte do comércio não abriu e muitas pessoas não puderam ir trabalhar. 

A grau de adesão à greve fez com que o sindicato patronal tivesse que aumentar o reajuste oferecido aos trabalhadores, que passou de 7% para 10,5%. Os motoristas e cobradores também conquistaram R$ 200 de vale refeição, além de um abono único de R$ 300 no salário de junho.

Servidores da saúde de Curitiba encerram greve de 70 dias
Trabalhadores de 39 categorias que atuam na área da saúde – entre as quais estão farmacêuticos, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, orientadores esportivos e veterinários – se mobilizaram pelo direito de serem incluídos no Projeto de Lei já aprovado na Câmara Municipal, que reduziu a jornada de trabalho da saúde para 30 horas semanais.

A medida beneficiou somente enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Uma parcela de cerca de 1.200 trabalhadores foi excluída desse projeto de Lei, ignorando-se que atuam nos mesmos locais de trabalho e com atividades complementares a dos profissionais incluídos no Projeto.

Em assembleia realizada na última terça-feira (14), os trabalhadores decidiram suspender a greve e voltar ao trabalho a partir do dia 16 de fevereiro.

Professores de Goiás
Os professores estaduais de Goiás estão em greve desde o dia 6 de fevereiro. A categoria luta contra o achatamento da carreira feito pelo governo estadual, que retirou a gratificação de titularidade dos professores.

OUTRAS LUTAS EM FEVEREIRO:

Setor de transporte de valores no Paraná
A greve dos seguranças que atuam no transporte de valores do Paraná se estendeu por uma semana, entre os dias 1º e 7 de fevereiro. Com a paralisação dos serviços, faltou dinheiro nos caixas eletrônicos, e mesmo na boca do caixa os saques eram limitados por cliente.

A categoria reivindicava 13% de reajuste salarial, aumento do vale refeição de R$ 16 para R$ 22 e a criação de um piso salarial para os tesoureiros. O sindicato patronal oferecia no máximo 1,5% de aumento real.

Professores de Colombo
A paralisação feita pelos professores de Colombo, no dia 8 de fevereiro, surtiu efeito e os docentes conquistaram parte das reivindicações apresentadas.

A Prefeitura ofereceu aumento salarial de 10% aos professores e servidores, que serão pagos a partir da data-base (entre maio e junho). Educadores terão aumento de 22% retroativos desde o mês de janeiro, para se adequar à Lei do Piso.

Hospital de Clínicas da UFPR
Os trabalhadores do setor de Radiologia do Hospital de Clínicas, vinculado à Universidade Federal do Paraná (UFPR), permaneceram em greve por 15 dias, entre os dias 24 de janeiro e 10 de fevereiro.

A principal reivindicação era o pagamento de 40% sobre os vencimentos de adicional insalubridade de radiação ionizante. A greve foi encerrada após a abertura de uma mesa de negociação para tratar dessa e de outras reivindicações.

Policiais Militares
Na Bahia, a greve dos policiais militares durou 11 dias. Durante os dez primeiros, os policiais estiveram acampados no prédio da Assembleia Legislativa do Estado.

A manifestação enfrentou a repressão do governador Jaques Wagner (PT), que não negociou as reivindicações apresentadas por esses trabalhadores.

Já a greve dos policiais militares do Rio de Janeiro se estendeu por quatro dias e foi encerrado no último dia 13 de fevereiro.

NOVAS GREVES
Outras categorias também já têm indicativo e possibilidade de greve em breve, incluindo os guardas municipais de Curitiba; policiais militares, polícia civil e polícia do governo estadual do Paraná; servidores públicos federais e o conjunto dos demais servidores de Curitiba representados pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (SISMUC).


Exemplo a ser seguido pelo magistério de Curitiba
É só com a união e mobilização que os trabalhadores conseguem vitórias. Várias categorias estão mobilizadas por melhores condições de trabalho. Os professores de Curitiba também podem conseguir avanços se lutarem por condições dignas de trabalho, melhores salários, valorização da carreira e um ICS de qualidade.

Por isso, precisamos de uma assembleia forte! Converse com os professores e professoras de sua escola e chame todos para participar da assembleia geral, no próximo dia 23! Lá vamos decidir os rumos das nossas movimentações para que possamos conquistar todos os itens da nossa Pauta de Reivindicações. Quanto mais professores conseguirmos unir, maior será nossa capacidade pressão sobre a Prefeitura! Vamos mostrar a força das trabalhadoras e trabalhadores do magistério municipal e nossa disposição de ir à luta por nossos direitos.

A assembleia acontece na quinta-feira, dia 23 de fevereiro, no Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército de Curitiba (Rua Comendador Fontana, nº 57, Centro Cívico), a partir das 18h30.

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