A diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) divulgou carta e repúdio ao prefeito de Curitiba “pelas suas atitudes antidemocráticas para com os trabalhadores e que configuram prática antissindical”.
O manifesto diz que, “mesmo diante da morte de quatro guardas nos últimos cinco meses, Richa se furtou a tomar qualquer medida que vise resolver os problemas da categoria, obrigada a conviver com péssimas condições de trabalho. Os resultados da sua forma de gestão são um aumento excessivo da carga de trabalho e desgaste físico e mental dos guardas que não recebem um salário adequado para reposição da sua força de trabalho”.
“O ápice da sua falta de respeito para com os trabalhadores se configurou no dia 23 de novembro, quando se negou a receber os guardas para a negociação de uma pauta de reivindicações. Suas viagens a outras cidades, em um período pré-eleitoral, parecem ser mais importantes do que a vida daqueles que trabalham dia-a-dia na proteção da cidade e da população”, diz o documento.
A carta denuncia que, “ao chegarem na sede da prefeitura, em busca de respostas à pauta protocolada no dia 3 de novembro, os cerca de 500 guardas depararam-se com as portas fechadas. Não bastasse a ausência de Beto Richa, sua administração tratou os servidores como pessoas estranhas à sua própria casa. Impedir que os trabalhadores da prefeitura entrem no prédio principal da administração é uma atitude que rejeita a possibilidade de diálogo e representa o medo diante de uma categoria organizada e cansada de tantas injustiças”.
A uma rádio de Curitba, Richa “ironizou os pedidos” e disse que “o Sismuc não pode ser levado a sério”.
A direção do Sismmac se solidariza com a luta dos guardas municipais e pergunta quantos trabalhadores ainda precisarão morrer no desempenho de suas funções para que o prefeito os leve a sério?
Foto: Manifestação dos guardas municipais em 23 de novembro de 2009 (Sismuc)
