Após mobilização realizada de quinta-feira, dia 5, servidores conseguiram evitar que o Conselho de Administração do ICS votasse o aumento da mensalidade paga pelos servidores ao instituto.
A movimentação começou pela manhã, quando dirigentes do Sismmac, do Sismuc e professores e demais servidores aposentados estiveram reunidos com o presidente do instituto José Lupion Neto. Duas questões foram discutidas: o aumento da contribuição dos servidores, que pode passar de 3,14% para 3,52%, e a ação civil pública que corre contra o ICS.
Para os servidores, estes itens estão ligados. As categorias já aprovaram em assembleia unificada a proposta para remodelar o ICS e também o IPMC. O objetivo é torná-lo democrático e com maior controle dos trabalhadores.
O projeto defendido pelos servidores prevê a transformação do instituto em autarquia, para que a Prefeitura Municipal assuma seu financiamento. Para a administração municipal o custo aumentaria apenas 3,14% da folha de pagamento. Para os servidores, representa o atendimento gratuito.
Desta forma, ficaria sem efeito a ação civil pública, que questiona justamente a forma atual de financiamento do ICS.
Sem apresentar resposta conclusiva, Lupion afirmou que levaria à reunião do Conselho de Administração, programada para a tarde, a reivindicação de não votar o aumento da alíquota do ICS.
Os servidores voltaram para acompanhar a reunião do Conselho de Administração. Após uma hora de atraso, numa pequena sala onde mal cabiam as pessoas, o presidente do conselho Valmor Trentini, informou que o aumento da alíquota não estaria na pauta. Que nesta sexta-feira ele discutiria a questão com o secretário de Governo Rui Hara.
Em seguida, as representantes do Sismmac e do Sismuc tiveram inserido na pauta o pedido de realização de audiência pública para debater o ICS.