Dona de uma energia inabalável, Siomara transbordava generosidade, afeto, integridade e firmeza. Era uma educadora em tempo integral, mesmo fora das salas de aulas, sempre disposta a dividir o que sabia ou a aprender algo novo com seus alunos, colegas de profissão e com os companheiros de luta.
Siomara ingressou na rede municipal de ensino em 1992 e fez parte da direção do SISMMAC por duas gestões, entre 2011 e 2017. Sua dedicação e compromisso com a luta foram fundamentais na conquista do Plano de Carreira de 2014, da correção das distorções do Plano de Carreira anterior e da compra da sede própria do Sindicato. Também foi decisiva na organização do grupo de oposição que retomou o SISMMAC para a luta em 2011.
Mesmo depois da aposentadoria, Siomara se manteve engajada, contribuindo com as lutas do magistério, com as reuniões do Coletivo de Aposentadas e ajudando também na organização de outros trabalhadores através da Intersindical – Instrumento de Luta e de Organização da Classe Trabalhadora. Mantinha um carinho especial pelas escolas do Cajuru, regional a qual dedicou a maior parte da sua trajetória no magistério. Além das escolas municipais Issa Nacli e Rachel Maeder, na regional do Cajuru, Siomara também trabalhou nas escolas Heitor Alencar Furtado e Francisco Mezsner, que hoje estão na regional CIC.
Nossa amada colega sofreu uma parada cardíaca neste sábado durante o processo de intubação. Ela estava internada desde a última segunda-feira (17), poucos dias depois de tomar a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus. Infelizmente, a vacina chegou tarde demais
para Siomara, assim como para mais de 440 mil vítimas da Covid-19 no Brasil.
O coração gigante de Siomara pode ter parado de bater dentro do peito, mas seguirá vivo, inspirando a luta que foi tão importante para nossa colega ao longo da vida: em defesa da educação, pela valorização dos professores e pela construção de um mundo mais justo, sem exploradores e sem explorados.
A direção do SISMMAC manifesta sua solidariedade ao marido e aos dois filhos de Siomara pela perda irreparável.