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Eleição de Diretores: é preciso ir além do voto!

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Daqui
pouco mais de um mês, em novembro, a eleição para as direções das escolas será
realizada.
Esse é bom momento para refletir qual é o papel da direção e também
dos demais professores e professoras da rede, principalmente, em tempos de
ataques aos nossos direitos.

A eleição garante a gestão democrática?

Há quem acredite que praticar a democracia é apenas exercer
seu poder de voto. Nós, da direção do SISMMAC, vamos além e entendemos que a
eleição de diretores é um passo para a construção de condições para uma gestão
democrática.
Uma definição que ainda é bastante frágil na rede.

#@txt625@#Isso
ocorre, primeiro, porque nem todas as unidades possuem o poder de eleger a
direção, como é o caso dos CMEIs e CMAEs.

Segundo, porque temos um sistema hierárquico na
administração.
E, dentro desse sistema, há cargos comissionados, que recebem uma
gratificação cinco vezes maior do que o salário de um professor, para cumprir o
papel de chefia das direções de escola. Os chamados chefes de núcleo não são
eleitos e não têm vínculo com a comunidade. Eles coíbem demandas e
reivindicações das unidades e, muitas vezes, responsabilizam as direções das
unidades para que realizem o repasse das políticas municipais, mesmo quando essas
políticas são questionadas pelo conjunto da comunidade.

Os conselhos
de escolas e as assembleias de pais para debater os problemas estruturais e
pedagógicos das unidades não são valorizados e nem incentivados pela
administração municipal
. E esse descaso com os problemas enfrentados no chão da
escola é o terceiro fator que torna a gestão democrática tão frágil na rede
municipal de ensino.

E o que você pode fazer diante desse cenário?

Em novembro, acontecerá mais uma consulta para a eleição de
diretores das escolas da rede municipal. Já neste mês de outubro deve sair o
edital com a convocação do processo eleitoral e, nesse meio tempo, ainda
teremos algumas mudanças na lei 14.528/14.

Esse será mais um momento para resistir no chão das escolas,
avançar na democracia interna e enfrentar o discurso da administração de que
somos nós os responsáveis por resolver os problemas estruturais e pedagógicos da
unidade.
Com esse discurso, a Prefeitura busca nos transformar em vendedores de
rifas e pastel, pintores, pedreiros, eletricistas, marceneiros, assistentes
sociais, psicólogos, contadores, dentre outros.

Enquanto não nos unirmos junto com a comunidade para
enfrentar a administração, reivindicar melhorias e denunciar os problemas da
educação pública, a gestão Greca seguirá priorizando cargos comissionados e
empresários que lucram com o nosso suor. É preciso darmos um basta no famoso
jeitinho!

A essência do Estado capitalista é tirar cada vez mais de
nós, trabalhadores, e garantir o lucro de poucos. E a escola não está imune a
isso, pelo contrário, existem políticas nacionais e internacionais propostas
por empresários para que nossas condições de trabalho sejam cada vez mais
precarizadas. Por isso, cabe a nós resistir. Firmes!

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