Os trabalhadores da empresa de limpeza pública de Florianópolis, a Comcap, estão em greve desde o dia 18 de janeiro. Eles exigem a revogação da lei, de iniciativa do prefeito Gean Loureiro (DEM), que prevê a extinção da empresa e a privatização dos serviços de limpeza pública, além de reduzir em até 50% o salário dos trabalhadores. O projeto de lei foi aprovado a toque de caixa pelos vereadores, atropelando todos os prazos da Câmara, sob um forte aparato da Polícia Militar e Guarda Municipal.
Para além do ataque direito a cerca de 1.700 trabalhadores, a Prefeitura de Florianópolis está atacando a organização sindical que representa os grevistas, o Sintrasem. A residência do presidente do Sindicato, Renê Munaro, foi atingida por um artefato explosivo durante a madrugada do dia 23 de janeiro. Essa é uma prática antissindical que ameaça a vida de todos aqueles que lutam em defesa de seus direitos.
Para além disso, mais uma vez, a Justiça mostrou que tem lado e que atende aos interesses dos empresários e dos governos. O Judiciário determinou a ilegalidade da greve e autorizou o município a “efetuar a exoneração e demissão por justa causa de todos os servidores e empregados da Autarquia”; bloqueio das contas bancárias do sindicato e cobrança de multa diária no valor de 200 mil reais; sequestro da quantia diretamente da folha de pagamento e dos valores que os membros da diretoria do SINTRASEM tivessem em suas contas bancárias pessoais até o valor da multa. E decidiu ainda que a Polícia Militar deve reforçar o efetivo policial para enfrentar os piquetes de greve e a desocupação dos locais em greve.
Nós, do SISMMAC, prestamos toda a nossa solidariedade aos trabalhadores da Comcap e aos dirigentes sindicais do Sintrasem. E nos somamos àqueles que exigem a revogação da lei que desmantela a Comcap, levando à sua privatização.
Seguimos firmes na luta contra os desmandos dos governos e dos patrões!
