A vereadora do Psol, Marielle Franco, foi assassinada a
tiros na noite da última quarta-feira (14), no centro da cidade do Rio de Janeiro, após
sair de um evento intitulado Roda de
conversa Mulheres Negras Movendo Estruturas. O motorista Anderson Pedro
Gomes, que dirigia o carro onde Marielle estava, também foi assassinado.
Marielle era relatora da comissão destinada a acompanhar a intervenção
das ações da Polícia Militar e das Forças Federais nas favelas do Rio de
Janeiro e há poucos dias havia denunciado os abusos da Polícia Militar na
comunidade de Acari. No dia 11 de março, Marielle relatou que o 41° Batalhão da PM estava
aterrorizando e violentando moradores da comunidade e que dois jovens haviam
sido mortos e jogados em uma vala.
Segundo relatos, Marielle estava no banco de trás do carro quando
outro veículo emparelhou, abriu fogo e fugiu. A imprensa carioca publicou que a
Polícia Civil encontrou pelo menos oito cápsulas no local.
A execução de Marielle acontece poucas semanas após o
comandante do Exército dizer que os militares precisam ter garantia para agir
sem o risco de surgir uma nova Comissão da Verdade. Isso significa carta branca
para torturar, matar e desaparecer com pessoas.
Nossa indignação precisa transformar-se em luta. Mataram uma
militante, mulher, negra, mãe, nascida na favela da Maré. A intervenção militar
matou mais uma lutadora. São duros tempos. Não iremos nos calar!
Em Curitiba, haverá um ato em homenagem à memória de Marielle nesta quinta-feira (15). O evento está marcado para 18h30, no Prédio Histórico da Universidade Federal do Paraná.
Nos somamos aos companheiros do Psol e exigimos a imediata
apuração dos fatos. Aos companheiros de luta, amigos e familiares de Marielle e
Anderson, a nossa imensa solidariedade.
SISMMAC, SIFAR, SISMMAR, Sintcom-PR – construindo a
Intersindical, Coletivo Firmes na Luta -São José dos Pinhais