Na foto, assembleia da guarda municipal foi debaixo da chuva, na fente da Prefeitura
No final da tarde de ontem, 24 de fevereiro, o Desembargador Eugênio Achile Grandenetti, do Tribunal de Justiça, acolheu pedido do Sismuc, em agravo de instrumento, e disse que os guardas municipais podem fazer greve. A decisão altera a posição anterior, do juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública, que mandou o Sismuc manter a integralidade dos serviços da guarda municipal de Curitiba sob pena de multa diária de 10 mil reais.
O desembargador disse que os guardas têm sim o direito de fazer greve. Portanto, esvazia o discurso da Prefeitura de que só negociaria com os grevistas se cumprissem a decisão judicial.
O mesmo desembargador disse que devem ser mantidas 70% das equipes da guarda municipal em atividade. Os guardas municipais avaliaram no começo da noite que têm como cumprir a decisão sem prejuízo do movimento, pois trabalham em regime de escala e o fundamental estar na rua.
Os guardas consideraram uma grande conquista do sindicato, pois agora estão fazendo greve e cumprindo a decisão judicial. O Sismuc continuará recorrendo da decisão para diminuir o percentual do efetivo que deve permanecer trabalhando. A greve continua com força ainda maior, pois agora amparada por decisão judicial.
A decisão do TJ fortalece o movimento dos guardas municipais e abre importante precedente para outras guardas que também querem lutar por seus direitos. A Prefeitura de Curitiba agora precisa dizer o que pensa da contraproposta apresentada pelo sindicato no começo da noite do dia 24 de fevereiro, em reunião que durou mais de duas horas.
Foto:Sismuc
