Quando estava elaborando o calendário escola 2010, a Secretaria da Educação propôs reduzir o período de férias e recesso de professores, que é de 50 dias. A lei assegura 30 dias de férias e 20 de recesso entre dezembro e fevereiro.
O sindicato não poderia abrir mão deste direito dos professores. Seria o primeiro passo para perdê-lo.
Então, para ajustar os 211 dias de trabalho, a SME optou por definir cinco sábados como dias letivos, quatro para reuniões e dois para estudos pedagógicos.
A representação do Sismmac na comissão defendeu que as reuniões e os estudos pedagógicos poderiam ser realizados à noite.
Ficou acertado na comissão que essas atividades podem ser remanejadas para dias de semana à noite, desde que a mudança seja referendada em Conselho de Escola e encaminhada com 15 dias de antecedência.
No entanto, esta orientação não tem chegado às escolas, com intuito evidente de não deixar alternativas aos professores e culpar o sindicato, que defendeu a manutenção das férias e recesso integrais.
Punir professores parece intenção da representante da secretária Eleonora Fruet na comissão, deixando apenas duas opções: ou abrem mão de dias de férias ou trabalhem aos sábados.
Outra proposta que o sindicato defendeu na comissão foi a sincronia do calendário com a rede estadual e demais redes municipais da região, mas não foi atendido.
A representação sindical também fez a defesa de deixar para as escolas definir quais feriados serão emendados no ano, mas a SME preferiu aprovar os recessos apenas para o Carnaval, 7 de setembro e 12 de outubro. As escolas podem optar por mais uma emenda dos feriados de 3 de junho (Corpus Christi) ou 1º de novembro (Finados), compensando-os em sábados. O Sismmac pretendia deixar para as escolas definir quais feriados emendar, de forma a garantir a pouca autonomia que a escola para montar seu calendário.
Outra posição do sindicato era liberar os CMAES de trabalharem em sábados, mas foi ignorado pela SME.
