entre a bandeira laranja e vermelha, Curitiba tem ocupação de
leitos abaixo de 90% e retorna à bandeira amarela: reduz restrições,
reabre teatros e cinemas (com público limitado), estende o horário
de funcionamento de shoppings e flexibiliza a abertura de bares e
afins.
seu mundo de faz de conta, o desgoverno Greca
defende que “a
vida deve fluir com maior alegria”,
algo que estaria se aproximando com a perspectiva do fim da pandemia.
Mas,
que alegria pode ter a classe trabalhadora que enfrenta a incerteza
diante da demora na vacinação, enquanto a pobreza e a miséria
avançam de forma desenfreada?
Com
a flexibilização ainda maior das medidas restritivas, o desgoverno
parece esquecer
que, além da imunização completa (com as duas doses da vacina) ter
alcançado um percentual ainda baixo da população – cerca de 15%
– o município ainda enfrenta com frequência a interrupção da
vacinação por faixa etária por falta de imunizantes.Ainda
esta semana, na última quarta-feira (07), houve o congelamento da
imunização a espera de novas remessas – demora que está
diretamente relacionada ao governo federal que escolheu a corrupção
na negociação das vacinas em vez de garantir a proteção à
população.
esse cenário preocupante, soma-se o avanço de novas cepas da
doença, com destaque para mutações que tornam o vírus mais
contagioso e mais agressivo. Um exemplo é a chamada variante Delta,
identificada inicialmente na Índia, que só é contida com a
aplicação das duas doses da vacina. A confirmação de casos e
óbitos pela variante no Paraná reforçam a preocupação.
isso, na capital Greca
parece esquecer que não basta o otimismo de pensamento para que a
pandemia seja controlada. A política de “abre e fecha” que vem
sendo usada desde o início da pandemia não contribui com a redução
a longo prazo de contaminações e óbitos, servindo mais como uma
ferramenta de propaganda de governo e menos como uma medida séria de
controle da pandemia. O secretário da Saúde do estado, Beto Preto,
inclusive afirmou nesta quarta-feira (07) que “não acha que
teremos uma explosão de casos provocada pela variante Delta,
fazendo coro com a opinião otimista sem fundamento científico do
prefeito Rafael Greca.
na contramão do mundo
desgoverno Greca quer vender uma imagem de Curitiba como cidade
inteligente, mas na realidade anda na contramão do mundo e tem sido
um exemplo do atraso no combate à pandemia. O
surgimento das variantes de coronavírus tem sido responsável pela
retomada do número de novas infecções mesmo em países que tinham
a pandemia sob controle nos últimos meses. Com isso, novas medidas
restritivas estão sendo tomadas em vários países.
A
cidade de Tóquio, sede dos próximos Jogos Olímpicos, é um dos
exemplos. Lá, a média móvel de casos novos de Covid-19 é de 632 e
cresce constantemente desde meados do mês de junho. Nesta
quinta-feira (08), foram mais de 900 novos infectados em uma
população de quase 14 milhões e a variante Delta já representa
mais de 30% dos casos de Covid-19 no país.
diante do aumento da contaminação, principalmente com a realização
das Olimpíadas, o governo decretou nesta quinta-feira (08) estado
de emergência em Tóquio.
Os Jogos Olímpicos, a princípio, não terão público e medidas
restritivas foram novamente implementadas.
a cidade de Curitiba, volta a adotar a bandeira amarela mesmo com
quase 760 novos casos registrados na última quarta-feira (7), em
uma população de quase 2 milhões de habitantes. A proporção é,
em Tóquio, de 64 casos por milhão de habitantes; em Curitiba, de
380 casos por milhão de habitantes. Mas, para a gestão Greca,
pensar sobre isso é pensar negativamente, adotar uma atitude
pessimista.
Prefeitura de Curitiba que trate o combate à pandemia com seriedade,
respeitando a vida de tantos trabalhadores que diariamente se colocam
em risco atuando na linha de frente.