A luta contra a decisão arbitrária de retirar os profissionais do magistério dos CMEIs teve um momento decisivo na última segunda-feira (27). Um grupo de 40 professoras e professores da educação infantil se reuniu na sede do SISMMAC para definir as ações da categoria diante de mais esse ataque.
A reunião encaminhou a realização de uma panfletagem para a comunidade para denunciar a falta de planejamento e o descaso da administração municipal com a educação infantil. Além de desrespeitar a trajetória das professoras e professores, a decisão arbitrária de retirar os profissionais do magistério dos CMEIs sem um bom planejamento também terá impacto na qualidade da educação ofertada nessas unidades.
Para além de alertar as mães e pais de alunos sobre a realidade dos CMEIs, também foi debatido na reunião a importância de envolver o conjunto do magistério na luta em defesa da educação infantil. No dia 4 de novembro, será realizada uma assembleia na sede do SISMMAC para definir uma posição única da categoria sobre a retirada das professoras e professores de dentro dos CMEIs e sobre os demais problemas vividos nessas unidades. As decisões da assembleia serão apresentadas para a Prefeitura em uma reunião no dia 7 de novembro com a presença das secretarias de Recursos Humanos e de Educação.
O envolvimento e a pressão da categoria até agora forçou a administração municipal a fazer um primeiro recuo e rever a forma desrespeitosa com que tratou as professoras e professores no anúncio do fechamento das vagas. A administração municipal se comprometeu a cumprir o que está previsto na Portaria 43/2013 e chamará esses profissionais para escolher vagas no mesmo núcleo regional em que já estão lotados antes do processo de remoção.
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Entenda o ataque
No mês de outubro, a administração municipal anunciou um novo ataque ao magistério: quer retirar, de forma arbitrária, as professoras e professores de dentro dos CMEIs. Esses profissionais foram chamados no Núcleo Regional de Educação e lá foram constrangidos a assinar um documento declarando ciência a respeito do fechamento da sua vaga e da obrigação de solicitar o remanejamento que ocorrerá em novembro.
Ao retirar o professor Docência I dos CMEIs, a administração municipal não busca valorizar o educador. A lógica é justamente o contrário: ampliar a oferta de vagas, utilizando um profissional que, em sua grande maioria, já tem formação superior, mas recebe quase 60% menos do que um professor Docência I.
A pressão de várias professoras e professores que se recusaram a assinar esse termo começou a surtir efeito. A administração resolveu cumprir o que está previsto na Portaria 43/2013 e chamará esses profissionais para escolher vagas no mesmo núcleo regional em que já estão lotados antes do processo de remoção.
