Na última sexta-feira (13), último dia letivo na rede municipal, o SISMMAC fez a entrega da Pauta de Reivindicações 2014 para a secretaria de Educação, Roberlayne Roballo. A versão final do documento, elaborado a partir de discussões com a categoria, foi aprovado na assembleia do dia 4 dezembro.
Junto com a Pauta de Reivindicações, a direção do sindicato entregou também o ofício (disponível aqui) em que comunica à Prefeitura sobre o indicativo de greve aprovado pelo magistério para o dia 12 de fevereiro. A decisão foi aprovada na assembleia do dia 4 de dezembro, em resposta à lentidão nas negociações realizadas em 2013 e à falta de compromisso da Prefeitura em colocar em prática os acordos assumidos com o magistério.
A insatisfação da categoria diante da falta de professores e as indefinições no processo de reformulação do Plano de Carreira são os dois principais pontos que empurram o magistério para a greve.
Em relação à falta de professores, a própria administração já assumiu que existe um déficit de mais mil professores na rede. É por isso que o magistério exige que a Prefeitura convoque os profissionais de Docência I que estão aguardando nomeação e acelere a realização do concurso de Docência II para que o quadro esteja completo no início de 2014. Além disso, as contratações são necessárias também para avançar na garantia de 33,33% de hora-atividade em todas as unidades e na mudança da composição da jornada nas escolas de 6° a 9° ano.
A proposta de reformulação do Plano de Carreira deve ser fechada na reunião marcada para o dia 31 de janeiro de 2014. A aprovação desse indicativo de greve tem como objetivo evitar qualquer tentativa de retirada de direitos e cobrar novos avanços, como a garantia da aceleração dos crescimentos e que o enquadramento na nova tabela valorize o tempo de serviço.
Para evitar a greve, o magistério reivindica que as negociações se iniciem ainda em janeiro e que a administração apresente medidas concretas para esses problemas antes do início do próximo semestre letivo.
Pressão também das escolas de 6° a 9° ano
Durante a reunião, o SISMMAC também entregou a lista com as assinaturas recolhidas nas escolas de 6° a 9° ano, no manifesto em defesa da jornada de trabalho em hora-aula e em repúdio ao não atendimento das reivindicações (clique aqui para fazer o download).
O documento é uma forma de mostrar para a Prefeitura que as professoras e professores das séries finais não estão satisfeitos com a proposta de remendo apresentada no final outubro, que aumenta de 4,5 horas para 5h a jornada diária, e que seguem reivindicando a pauta que foi construída pelo magistério com muita luta durante os últimos anos.
O manifesto, que recebeu mais de 500 assinaturas de professoras e professores das escolas de 6° a 9° ano, também cobra mais contratações e avisa à Prefeitura que, se não houver nomeação dos professores de Docência I e a abertura do concurso para Docência II, a categoria irá para a greve já na primeira semana de aula de 2014.
