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SISMMAC alerta: ainda é cedo para dispensar uso de máscara nas escolas

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O governador do Paraná,
Ratinho Junior, sancionou na quarta-feira (16) a lei (20.971/2022), que derrubou a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar
livre no Paraná e para
crianças menores de 12 anos em ambientes fechados. A Prefeitura de Curitiba
decidiu acompanhar a decisão do governo estadual. O
uso continua obrigatório em pontos de ônibus, terminais e rodoferroviária.

O
SISMMAC, no entanto, alerta que essa liberação pode estar sendo precoce, já que
pesquisas conduzidas por especialistas comprovam que o uso das máscaras é
eficaz para conter a disseminação
entre crianças dessa faixa etária, já que compõem um grupo que ainda não está
totalmente vacinado e que, potencialmente, pode contribuir com a disseminação da doença no conjunto da comunidade escolar e do restante da
população.

Para
o sindicato, outro agravante é que, desde o início da pandemia, a Prefeitura
não garantiu meios para que escolas alcançassem condições sanitárias adequadas,
com problemas como ventilação inadequada em salas, falta de água em unidades de
ensino e falta de estrutura para manter o distanciamento entre os alunos.
Também há falta de pessoal para fazer a higienização frequente dos espaços.

O
SISMMAC ainda alerta que a medida pode elevar as contaminações de professoras,
professores e demais funcionários, aumentando afastamentos e, consequentemente,
aumentando a sobrecarga de trabalho nas escolas. É um risco particularmente
considerável para os profissionais do grupo risco com função restrita que estão
nas unidades.

Somente
nos primeiros 75 dias de 2022, já foram confirmados 6.615 casos deCovid-19em crianças entre 0 e 9 anos, em Curitiba. O número é proporcionalmente muito alto se
compararmos com todo o ano de 2021, quando foram 7.458 casos confirmados nessa faixa etária, e muito maior do que os 3.503
casos de 2020. Os números são da Prefeitura e estão disponíveis aqui.

Incentivo à vacinação

Outro
fator que dificulta as estratégias das autoridades para ampliar a cobertura vacinal das crianças é
a resistência de famílias que, enganadas por fake news disseminadas por militantes
extremistas, não estão levando seus filhos para serem vacinados.

Essa,
inclusive, tem sido uma preocupação das comunidades escolares e, por isso, o
SISMMAC lançou
uma campanha
para incentivar a vacinação das crianças.

Quando
lançamos a iniciativa, no começo de fevereiro, apenas 20% das
crianças de 5 a 11 anos, elegíveis para a primeira dose, haviam sido
vacinadas, segundo levantamentos
da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Agora, a estimativa da
Prefeitura é que cerca de 60% já tenham recebido a primeira dose da vacina.
Houve um avanço considerável no período, mas ainda está longe daquilo que é
considerado adequado por
estudiosos
(acima de 85% de
imunização com, no mínimo, duas doses).

Últimos contemplados com a vacina anti-covid, crianças e adolescentes estão mais expostos ao
corona vírus e as internações nessa faixa-etária aumentaram sensivelmente
nos últimos meses.

Entidades
e estudos não recomendam 
retirada
das máscaras

Especialistas
e autoridades médicas não
recomendam que a dispensa do uso de máscara por
crianças, neste
momento em que a pandemia ainda não está totalmente controlada.

Em nota, após o
anúncio da mesma medida por outros estados, o Departamento Científico de
Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
afirma que, diante de novas variantes no mundo e no Brasil, a suspensão
do dispositivo de proteção ainda poderia esperar. “As máscaras deveriam ser as
últimas coisas a serem tiradas porque não há um ganho em deixar de usá-las.
Além disso, o uso tem prevenido outras doenças de transmissão respiratória, não
sobrecarregando assim o Sistema Único de Saúde (SUS), além de proteger crianças
ainda não vacinadas e idosos que não respondem à imunização.”

Nos Estados Unidos, onde o número de mortes e casos voltou a
subir no último mês, justamente após
flexibilização de medidas de prevenção em vários estados, estudos associam o uso rígido de máscara nas escolas a menos casos deCovid-19. Um estudo no estado do Arizona mostrou que escolas sem
requisitos de máscaras tinham cerca de 3,5 vezes mais probabilidade de ter
um surto de Covid-19 do que escolas que exigiam o uso das máscaras.
Um segundo estudo mostrou que condados nos Estados Unidos, onde as
escolas exigiam o uso de máscara, também tinham menos transmissão do vírus na
comunidade em geral.

Portanto, o SISMMAC considera que o uso de máscara ainda é
uma das medidas mais eficazes para prevenir o contágio entre crianças, adolescente se profissionais dentro das escolas. Por isso, o
sindicato recomenda que os profissionais do magistério continuem usando
máscaras e incentivem o seu uso.

Fonte: SISMMAC

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