SISMUC não concorda com substituição de EPIs por máscaras de tecidos

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
20200413_corona_smap_site

Na última quarta-feira (8) o SISMUC esteve presente em uma
reunião realizada com a Secretaria Municipal de Administração e Gestão de
Pessoal (SMAP) em conjunto com o SISMEC e o SIGMUC. O encontro foi
solicitado pela gestão para informar os sindicatos sobre a dificuldade de
conseguir Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para todos os servidores
do município. Como saída para este problema a administração propôs que
servidores da FAS e da Guarda Municipal (GM) utilizassem máscaras de tecido, ao
invés das máscaras descartáveis ou N95.

Além de não ter eficácia comprovada, de acordo com a Sociedade
Brasileira de Infectologia (SBI) as máscaras de tecido servem apenas para
diminuir a disseminação do Coronavírus por pessoas assintomáticas ou
pré-sintomáticas. Sendo
assim, elas não servem como barreira de proteção, permitindo que quem a usa se
contamine da mesma forma. Por isso, as máscaras de tecido não devem ser
utilizadas por profissionais que estão em contato direto com pessoas infectadas
como substituição do equipamento de proteção adequado

A partir dessas considerações, entendemos que os servidores
da FAS, assim como a GM, também
se encontram na linha de frente do combate ao Covid-19 e, prezando pela vida e
segurança destes trabalhadores, a posição do SISMUC é de que a Prefeitura
precisa continuar realizando esforços para garantir os equipamentos adequados
para estes servidores.
O Sindicato, assim como os trabalhadores não
devem aceitar propostas que somente tranquilizam o imaginário da Prefeitura e
que não trazem a segurança devida aos trabalhadores.

A importância dos EPIs para a proteção no combate ao Covid-19 não pode ser contestada. Porém, junto com a utilização dos equipamentos, outras normas devem ser empregadas, como o manuseio adequado da proteção individual, o distanciamento social, a higiene das mãos, objetos e das próprias unidades. Além de negligenciar a compra destes materiais, a Prefeitura ainda não proporcionou nenhumtipo de treinamento para os servidores sobre a utilização dos EPIs.

Em locais como na FAS, os servidores têm contato direto com possíveis portadores do vírus, e necessitam de melhores condições. É necessário que sejam tomadas providências que vão além da proteção individual, mas que também levam em consideração a proteção coletiva. Entre as soluções que o SISMUC tem cobrado para que a Prefeitura realize estão: a compra de mais produtos de higiene, a contratação de mais trabalhadores para realizar a limpeza, além da contratação de mais educadores sociais, assistentes sociais, psicólogos e enfermeiros. Além disso, máscaras descartáveis, máscaras N95, óculos,avental e toucas.

É somente com esse tipo de providência, que leva em
consideração a vida dos trabalhadores, que iremos conseguir barrar o avanço do
contágio da Covid-19. Devemos olhar para outros países e aprender com os erros,
mas também com os acertos de cada um. E, embora exista uma compreensão de que a
falta de EPIs é um problema a nível mundial, cabe aos governantes, que deveriam
prezar pela vida da população, prever e antecipar situações como esta.

O SISMUC e o SISMMAC têm trabalhado incansavelmente para cobrar a
Prefeitura e realizar as denúncias que cabem ao sindicato em relação às
condições de trabalho do
funcionalismo durante a pandemia do Coronavírus. Continue realizando suas denúncias para nós, entre
em contato! Seu relato é muito importante para que possamos
avançar na segurança dos trabalhadores do município.

Posts Relacionados