28 de junho – Dia de Luta Contra a LGBTfobia

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No nosso dia a dia, ainda percebemos quanto sofrimento e exclusão social o preconceito por orientação sexual e identidade de gênero causa na sociedade e consequentemente em nossas escolas.

O SISMMAC defende que o combate a essas opressões deve ser feito nas unidades educacionais e que elas devem tornar-se espaços de resistência também contra o preconceito.

É tarefa de todos nós, trabalhadores, atuarmos nos nossos locais de trabalho e família no sentido de desconstruir o preconceito e promover a igualdade de direitos. Os LGBTs continuam, em sua maioria, tendo os postos de trabalho com piores condições e, por vezes, tendo que manter-se no armário para garantir o emprego.

Marcha da Diversidade em Curitiba

No último domingo, dia 25 de
junho, a direção do SISMMAC participou da Marcha da Diversidade no centro de
Curitiba em apoio à luta LGBT. O evento foi promovido pelo Grupo Dignidade,
Transgrupo Marcela Prado e União Nacional LGBT (UNA LGBT), ONGs e coletivos que
fazem a defesa das pautas LGBTs em nossa cidade. Entretanto, o que muito nos entristeceu
foi que, ao solicitar para a organização do evento que pudéssemos dar uma
saudação de apoio a luta LGBT, tivemos a intervenção negada. A resposta que obtivemos
foi que o caminhão era somente para entretenimento, mas que ao final da
“marcha” poderíamos fazer uma fala no palco que estaria na Boca Maldita.

#@txt489@#Participamos da marcha, na qual
os participantes puxaram um FORA TEMER!, no ritmo da batida e foram
interrompidos no microfone pela organização do evento. Já na Boca Maldita,
fomos solicitar fala no palco, esperamos 40 minutos e então representantes do Grupo
Dignidade, um dos organizadores do evento, nos disse que em 30 minutos o
SISMMAC poderia fazer a fala. Porém, não seria permitido falar nada contra a Prefeitura,
nada além de dizer que apoiava a pauta LGBT. O representante ainda “explicou”
que a Prefeitura pagou a estrutura do evento e que, por isso, não poderíamos falar
contra.

O Sindicato que atuou firmemente
na Câmara de Vereadores quando as pautas de combate à LGBTfobia foram atacadas
no Plano Municipal de Educação não teve espaço na Marcha da Diversidade.

Entretanto, o candidato a vereador não eleito pelo Partido Socialista
Brasileiro, que faz coligação com o partido do prefeito Rafael Greca (PMN), Allan
Johan, que também tem um cargo comissionado na Prefeitura de Curitiba, esteve o tempo todo no caminhão de som e fez
falas no evento.

“Quem paga a banda escolha a
música!”. Essa frase resume a Marcha da Diversidade do último domingo e,
infelizmente, uma boa parte do movimento LGBT atual, que depende de
financiamento governamental para a manutenção das ONGs.

Autonomia e independência

O princípio de independência aos
patrões e governos, tão caro para nós da direção do SISMMAC, deve ser o princípio
de todo movimento social e popular.

Acreditamos que a luta contra o
racismo, o machismo e a LGBTfobia também é a luta de toda a classe trabalhadora
e que, lado a lado com os trabalhadores, avançaremos nessas trincheiras.

Quando os trabalhadores
municipais estavam sofrendo o maior ataque de direitos e de repressão policial
da nossa história, nos foi negado o espaço para fazermos essa denúncia.

Nesse dia histórico de luta,
reafirmamos nossos princípios de independência aos patrões e governos e nossa
autonomia em relação aos partidos políticos.

Defendemos que é possível construir um movimento LGBT com essa mesma
linha e lutar lado a lado com os trabalhadores.

Reafirmamos também que o combate a
LGBTfobia e seguimos firmes na construção de uma nova sociedade!

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